Ato ocorre após grupo extremista islâmico armado Hamas bombardear país neste sábado (7). Casa diz que gesto é em solidariedade ao ‘ataque terrorista’ e em homenagem às vítimas.
A bandeira de Israel está projetada na cúpula do Senado Federal, em Brasília. A iluminação ocorre após o grupo extremista islâmico armado Hamas bombardear o país neste sábado (7), em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos nos últimos anos.
Segundo o Senado Federal, a projeção é um “gesto de solidariedade pelo ataque terrorista”. Além disso, a Casa afirmou que o ato se trata de uma homenagem a todos os mortos, feridos e desaparecidos por causa do ataque.
A projeção foi feita a pedido do senador Davi Alcolumbre (União Brasil – AP). O parlamentar é judeu e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Ataques em Israel
Nesta segunda-feira (9), Israel afirmou que restabeleceu o controle das comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Vale destacar que ainda há conflito em regiões específicas de Gaza.
Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.
O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território. O conflito, que chega ao terceiro dia nesta segunda-feira, provocou a morte de ao menos 1.200 pessoas, sendo 700 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia, segundo o balanço mais recente.
Outras milhares de pessoas ficaram feridas. O Ministério de Saúde de Israel afirmou que pelo menos 1.104 pessoas foram levadas a hospitais para serem atendidas. Dessas, há 17 em estado crítico.
Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação “Espadas de Ferro” e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.
“Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse Netanyahu. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
O ministro da Defesa do país, Yoav Galant, afirmou que o Hamas cometeu um grande erro.
O primeiro-ministro israelense também pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a prédios e espaços protegidos.
“As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas ações”, disse o comunicado divulgado pelos militares israelenses.
Após conversar com o líder israelense, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o país está pronto para oferecer “todos os meios apropriados de apoio” a Israel.
“Deixei claro ao primeiro-ministro Netanyahu que estamos prontos para oferecer todos os meios apropriados de apoio ao governo e ao povo de Israel”, disse.
O que é o Hamas?
O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo o atual território de Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, falou em uma entrevista à Al-Jazeera que o bloqueio de Gaza e a normalização das relações de Israel com os países árabes foram algumas das razões para essa ofensiva.
Com informações de Agências