Falta de investimento. Este é o problema que resulta na falta de água em Petrolina. A Audiência Pública, que ocorreu na manhã desta terça (07), para debater desabastecimento no município, os vereadores, a comunidade, a Agência Reguladora de Petrolina Armup e a Compesa debateram o assunto com demonstrações técnicas do problema que assola o município localizado às margens do Rio São Francisco.
O vereador Marquinhos do N4 explica que vai manter suas cobranças para a resolução chegue à Petrolina o mais rápido possível, uma vez, que “a população petrolinense não pode ser penalizada com o desserviço da Compesa”.
Na audiência foi feita uma prestação de contas dos serviços de abastecimento e saneamento pela Compesa no município. Rubem Franca da Armup iniciou sua participação destacando que Petrolina faz parte do maior polo produtivo de frutas do país. Ele discorda de dados apresentados pelo Trata Brasil, onde afirma que Petrolina está em primeiro lugar no ranking com 100% de água potável. “Na fila de investimentos, a Compesa está no final, com investimentos totais sobre arrecadação líquida, ocupa a 96ª posição, com investimentos de apenas 3,8% do que arrecada aqui”, disse.
Segundo ele, em seis anos a Compesa arrecadou R$ 553.851.779,53 e tem uma média anual de investimentos de somente R$ 20 milhões. Alexsandro Chaves da Compesa contesta as informações afirmando que de 2006 até 2021 foram mais de R$ 182 milhões de investimentos na rede de abastecimento e saneamento no município.
No entanto, o que a população de Petrolina vive é o suficiente para entender que existe um alto índice de perdas, estouramento de redes antigas, alto consumo, sem contar a falta de água para mais de 60 mil habitantes, da zona rural, (projetos irrigados, área irrigada e de sequeiro). Alexsandro admitiu, durante debate, que é legitima a reclamação da falta d’água.
Ao final ficou clara a necessidade urgente de uma intervenção para a ampliação e modernização da rede de distribuição de água no município, com a substituição das redes de cimento amianto, implantação de novas redes de distribuição, adutoras e subadutoras e a implantação de novas redes de distribuição.
A líder comunitária Luciana Santos deixou sua sugestão para solucionar a grave crise no abastecimento de água em Petrolina. “O que a gente vê a feita de pressurização da água em Petrolina, as comunidades ficam sem a distribuição de água por falta de pressão regulada, então a gente precisa ter mais reservatórios próximos as comunidades que sofrem com a falta da água para que não exija de uma pressão muito alta e assim a pressurização vai ajudar.
Investimentos neste sentido nas regiões mais afetadas com a falta de água”, disse a comunitária do Quati II.
Marquinhos do N4 chama a atenção da comunidade sobre a importância da população abrir um protocolo de reclamação sempre que houver problema com a falta de água. As reclamações devem ser registradas no site da Compesa e no órgão fiscalizador, como a Armup.
Mônia Ramos – Jornalista
Texto e Fotos Ascom