O biodiesel feito no Brasil é de péssima qualidade e frequentemente relacionado à redução do desempenho dos veículos, especialmente os novos caminhões
Está começando um novo embate entre a indústria automobilística no Brasil com os produtores de biodiesel na defesa de um produto de melhor qualidade e os revendedores que se queixam da péssima qualidade do produto que hoje é misturado ao diesel produzido pela Petrobras.
É que numa ação articulada na ANP, um conjunto de entidades lideradas pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis com apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás conseguiu que após 18 anos permitir a importação de biodiesel até então o único combustível de origem renovável ou fóssil que tinha a sua importação vedada no Brasil.
Mistura obrigatória
A ANP permitiu que o biodiesel importado, que poderá compor a mistura obrigatória com óleo diesel fóssil, esteja limitado a 20% da demanda, abrindo o mercado para a promoção da competição e continuidade da abertura deste mercado a outras fontes de suprimento.
A importação do biodiesel abre um debate e um embate do setor que vende combustível para veículos pesados e o lobby dos produtores de óleo de soja que este ano conseguiram elevar a mistura de 10% para 12% a partir de 2024 devendo chegar a 15% em 2026.