Reitora Denise Pires de Carvalho afirma que as aulas presenciais podem ser interrompidas, assim como o funcionamento de 9 unidades de saúde e 1,5 mil laboratórios de pesquisa. A UFRJ diz não ter como pagar as contas de água e luz, além de manter serviços de limpeza e segurança a partir de setembro.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) corre o risco de fechar as portas a partir de setembro.
Aulas presenciais, estudos relacionados a varíola do macaco e Covid-19, além do funcionamento de unidades de saúde, podem ser interrompidos como consequências do corte de verbas anunciado pelo governo federal para as instituições de ensino superior de todo país.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15), a reitora da instituição, Denise Pires de Carvalho, afirmou que a universidade não terá como pagar as contas de água e luz, além de manter serviços de limpeza e segurança a partir de setembro.
“Os cortes são muito graves. O que foi feito coloca em risco o futuro das próximas gerações. Essas ações vão ter impacto para nossos filhos e netos”, disse a reitora.
“Dentro de dois meses não teremos como pagar as contas de água e luz. Isso afeta diretamente o funcionamento dos nossos laboratórios, por exemplo. (…) Quando a Light vai apagar a nossa luz? Não sei. Mas o dia que a Light apagar a nossa luz, a universidade fecha. Não porque seja um desejo nosso, mas sim um desejo de quem tá cortando o orçamento dessas instituições”, completou Denise Carvalho.
Corte em universidades
O Ministério da Educação bloqueou 14,5% das verbas de todas as universidades federais brasileiras. Alunos que dependem de assistência estudantil também estão preocupados.
A União alega que o contingenciamento foi feito para garantir que o teto de gastos do governo federal seja cumprido. A medida limita o crescimento de despesas públicas.
Representantes da instituição explicaram que o orçamento era de cerca de 374 milhões, quando o mínimo obrigatório para a UFRJ seria entre R$ 390 e R$ 400 milhões para o funcionamento adequado.
“Estamos, provavelmente, ficando com o orçamento com quase R$ 100 milhões abaixo disso. Isso trará consequências para o funcionamento da universidade”, acrescentou Raupp.
Com informação: G1