Embora seja fundamental para o bom funcionamento do corpo humano, o colesterol é, frequentemente, apontado como um “vilão”. Entre os principais motivos pelos quais ele leva essa reputação está a relação com as doenças cardiovasculares devido a altos níveis do colesterol LDL, conhecido como o colesterol “ruim”. No entanto, ele é essencial para várias funções corporais – como a produção de determinados hormônios –, por isso, no Dia do Combate ao Colesterol, comemorado no dia 8 de agosto, especialistas pontuam que é essencial manter um equilíbrio saudável.
“Além dos altos níveis do colesterol LDL, outra razão que leva o colesterol a ter a fama de vilão é a desinformação e generalização, pois as pessoas não diferenciam os diferentes tipos de colesterol, e a ausência dessas nuances contribui para a percepção negativa. Além disso, durante décadas, campanhas de saúde pública e diretrizes médicas enfatizaram a importância de reduzir o colesterol para prevenir doenças cardíacas. Isso reforçou a ideia de que o colesterol é algo a ser temido e controlado rigorosamente, mas ele não é exatamente um vilão”, explica o médico cardiologista do SESI Saúde, Flávio Feijó.
Ele explica que o LDL, considerado o colesterol “ruim”, é o mais perigoso, pois, em excesso, se aloja nas paredes das artérias, formando placas de gordura e causando uma série de doenças. “A formação de placas nas artérias é um processo conhecido como aterosclerose. Essas placas podem estreitar ou obstruir as artérias, aumentando o risco de ataque cardíaco e derrame”, esclarece. Além desse tipo, existem outros dois: o VLDL, que também em excesso é prejudicial, e o chamado HDL, que é o colesterol “bom”, pois atua “limpando” as artérias, realizando o transporte do colesterol para o fígado. “Quanto maior o nível desse último tipo no organismo, menor o risco de doenças cardiovasculares”, destaca.
Fonte: Clas Comunicação
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