O MP-PE (Ministério Público de Pernambuco) solicitou à Justiça o arquivamento total de todas as acusações previstas na Operação Integration contra o cantor Gusttavo Lima, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha — os donos da ex-patrocinadora do Corinthians Vai de Bet.
Na petição de 18 páginas encaminhada à 12ª Vara Criminal de Recife, os promotores afirmam que a investigação não apontou qualquer relação entre as operações do cantor e dos empresários e dinheiro de origem ilícita.
“Requer o arquivamento (?) ante a inexistência de elementos que demonstrem que os valores das operações suspeitas neles indicadas são provenientes de infração penal, e em razão da absoluta inexistência de correlação dessas movimentações com o investigado Darwin Henrique da Silva Filho, possível contraventor do jogo do bicho.”
A investigação apontava possível lavagem de dinheiro de recursos provenientes do jogo do bicho, supostamente operado pelo empresário Darwin da Silva Filho, e de apostas esportivas.
Segundo a tese da polícia, Darwin, que é dono da empresa de apostas Esportes da Sorte, lavava dinheiro ilícito proveniente do bicho e de apostas esportivas por meio do site Esportes da Sorte.
Em relação à lavagem de dinheiro de apostas esportivas, a investigação contra Darwin foi arquivada, já que as apostas foram regulamentadas e são lícitas no país. O empresário segue investigado pela acusação de lavagem de dinheiro de jogo do bicho.
Gusttavo Lima e o dono da Vai de Bet acabaram ligados ao caso por causa de uma aeronave: o cantor fez um contrato de compra e venda de um avião com uma empresa de Darwin, depois o rescindiu.
Seis meses depois, vendeu a mesma aeronave para os donos da Vai de Bet.
O MP, entretanto, afirma que a operação não indica nenhum uso ou mesmo conhecimento de qualquer dinheiro de origem ilícita.