Autismo: pesquisas mostram que vacinas não estão por trás da incidência de casos; entenda

Por Ricardo Banana
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Quando o presidente eleito Donald J. Trump refletiu em uma recente entrevista na televisão sobre se as vacinas causam autismo — uma teoria que foi desacreditada por dezenas de estudos científicos — pesquisadores da área suspiraram coletivamente de frustração.

Mas durante a entrevista, no programa “Meet The Press” da NBC, Trump fez um comentário passageiro com o qual eles concordaram:

“Quero dizer, algo está acontecendo. Acho que alguém tem que descobrir”, ele disse, referindo-se às taxas crescentes de diagnósticos.

O que está acontecendo?

Os diagnósticos de transtorno do espectro autista (TEA) estão inegavelmente aumentando nos Estados Unidos — cerca de 1 em 36 crianças tem um, de acordo com dados coletados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças de 11 estados.

No Brasil, o transtorno atinge cerca de 6 milhões de pessoas.

A maior parte do aumento é atribuída à maior conscientização sobre o transtorno e às mudanças na forma como ele é classificado por profissionais médicos.

Mas os cientistas dizem que há outros fatores, genéticos e ambientais, que também podem estar desempenhando um papel.

O transtorno é inerentemente abrangente, marcado por uma mistura de problemas sociais e de comunicação, comportamentos repetitivos e padrões de pensamento que variam em gravidade.

Uma criança levemente autista pode simplesmente lutar com dicas sociais, enquanto uma criança com um caso grave pode ser não verbal.

Não há exame de sangue ou tomografia cerebral para determinar quem tem autismo, apenas as observações de um clínico.

Como não há uma causa específica para o autismo, os cientistas dizem que não há um fator específico por trás do aumento de casos.

Mas no cerne da questão está uma distinção importante: mais pessoas estão exibindo os traços do autismo, ou mais pessoas com tais traços estão sendo identificadas agora? Parece ser ambos, mas os pesquisadores realmente não têm certeza da matemática.

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