Mais um aumento no bolso do consumidor. Desta vez os remédios é que ficarão mais caros. O “alívio” é que o reajuste só será aplicado em 2013. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos definiu, por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União de ontem, o fator de produtividade – chamado Fator X – para o ano de 2013, referente ao reajuste anual dos preços de medicamentos. Pela resolução, foi fixado um percentual de 3,61%. Os critérios utilizados para a definição desse índice, entretanto, serão publicados quando da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e dos fatores de ajuste intrassetor e entre setores.
O novo percentual não foi bem visto pelo presidente doSindicato da Indústria Farmacêutica, Cosméticos e Perfumarias do Estado de Pernambuco (Sinfarcope), Hercílio Victor. “O próprio Governo divulgou que a inflação estaria em torno de 5%. O Dólar, que norteia quase todos os insumos da indústria farmacêutica, subiu mais de 25% nesse último trimestre. Então, um aumento de 3% para o medicamento é muito abaixo do que é necessário”, contesta.
De acordo com ele, o medicamento é o único produto cuja comercialização é tabelada no País. “O Governo acha que assim barateia o custo, mas não. Isso porque quando deixa de dar lucro, a primeira iniciativa é tirar o produto do mercado. Na indústria farmacêutica, lançar produto é algo caro e demorado”, completa.
Na outra mão, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Pernambuco (Sincorfarma-PE), Ozeas Gomes da Silva, acredita que, apesar do reajuste, o impacto para o consumidor não será tão grande. “Os últimos reajustes anuais têm sido favoráveis ao consumidor porque foram relativamente baixos. O aumento fica diluído dentro dos preços de todos os produtos e ele (consumidor) nem percebe esse aumento”, acredita.
Fonte: Folha-PE
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