Os irmãos Osvaldo e Geraldo Coelho (in memoriam) deixaram um legado histórico que consolidou Petrolina como polo de fruticultura irrigada e desenvolvimento educacional no Sertão do São Francisco.
A história de Petrolina, no Sertão do São Francisco, não pode ser contada sem destacar a contribuição decisiva de duas de suas figuras mais emblemáticas: Osvaldo Coelho, deputado federal (in memoriam), e seu irmão Geraldo Coelho, deputado estadual e ex-prefeito do município (in memoriam). Ambos caminharam lado a lado em projetos que transformaram os destinos da região, sempre atentos aos desafios do semiárido e às potencialidades do Rio São Francisco.
O esforço conjunto resultou em ações que uniram a defesa de causas sociais e estruturais, lideradas por Osvaldo, ao olhar estratégico e administrativo de Geraldo. A herança de ideias já vislumbrada pelo ex-governador Nilo Coelho encontrou neles continuidade prática, sobretudo no sonho de consolidar Petrolina como polo de fruticultura irrigada, inspirado em modelos de produtividade de referência mundial.
A articulação política e institucional da época mobilizou importantes recursos federais, destacando-se a atuação da Codevasf e da Embrapa, que se tornaram pilares do desenvolvimento agrícola e tecnológico da região. Nesse processo, Osvaldo Coelho dedicou sua trajetória parlamentar ao planejamento e viabilização de projetos estruturantes, enquanto Geraldo Coelho, à frente da Prefeitura de Petrolina (1973-1976), se empenhou em sensibilizar os governos para atender às demandas locais e preparar o município para o futuro.
Essa combinação de visão e trabalho lançou as bases de um ciclo econômico que permanece até hoje, sustentando a competitividade agrícola em centenas de hectares de terras irrigadas. A educação também se consolidou como vetor estratégico, com a criação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), instituição que amplia a formação de mão de obra qualificada e fortalece o desenvolvimento científico da região.
O legado dos irmãos Coelho está diretamente ligado à transformação de Petrolina em cidade de mais de 420 mil habitantes, reconhecida nacional e internacionalmente como um dos principais polos de fruticultura irrigada do Brasil.
Por Marcelo Damasceno
