Estado receberá quase 12% do total do FNE, que destinará R$ 52,6 bilhões para toda a região no próximo ano
O Banco do Nordeste (BNB) programou a aplicação de R$ 6,27 bilhões em Pernambuco no próximo ano, por meio de operações do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), representando um crescimento de 18,3% em relação ao orçamento de 2025.
A previsão foi confirmada nesta quarta-feira (24), durante reunião do superintendente estadual do BNB, Hugo Luiz de Queiroz, com representantes do poder público e de entidades ligadas ao comércio, indústria, agropecuária e sociedade civil.
Entre os setores que devem receber mais investimentos em 2026 estão infraestrutura (R$ 1,48 bilhão), pecuária (R$ 1,33 bilhão), comércio e serviços (R$ 1,31 bilhão) e indústria e agroindústria (R$ 1,16 bilhão). Também estão previstas destinações para agricultura (R$ 758,6 milhões), turismo (R$ 185 milhões) e operações com pessoas físicas (R$ 34,2 milhões).
Segundo o superintendente Hugo Luiz de Queiroz, Pernambuco concentrará quase 12% dos recursos totais do FNE para o próximo ano. “São valores expressivos que precisam ser aplicados de forma eficiente, de modo a acelerar ainda mais a economia do estado. Isso só é possível ouvindo os setores produtivos e os governos”, afirmou.
O FNE é o principal fundo administrado pelo BNB e, apenas entre janeiro de 2021 e julho de 2025, garantiu o desembolso de mais de R$ 24 bilhões na economia pernambucana. Somente nos sete primeiros meses deste ano, foram aplicados cerca de R$ 3,25 bilhões no estado, com destaque para comércio e serviços (R$ 944 milhões), infraestrutura (R$ 946 milhões), pecuária (R$ 655 milhões) e agricultura (R$ 308 milhões).
Recursos
No total, o FNE destinará R$ 52,6 bilhões em 2026 para os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, áreas de atuação do BNB. O valor representa um aumento de 11,1% em relação ao previsto para este ano.
De acordo com o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Francisco Alexandre, a programação para 2026 incorpora novas prioridades.
“O FNE é um dos principais indutores do desenvolvimento da região e vem batendo recordes sucessivos de aplicação. Neste ano, traz avanços importantes, como o tratamento diferenciado para projetos da agricultura familiar em sistemas agroecológicos e de produção orgânica, para micro e pequenas empresas, além do financiamento para o setor da economia criativa”, destacou.
A definição dos valores seguiu um processo de quase três meses, que incluiu consultas online e reuniões presenciais com a participação de representantes de diversos segmentos. As diretrizes foram estabelecidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e pela Sudene, com foco na democratização do acesso ao crédito, especialmente para pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas e iniciativas de empreendedorismo feminino.
Fonte: FolhaPE
