A contribuição democrática do advogado Walter Lubarino para a sociedade sanfranciscana, de um passado autoritário Brasil adentro, se reflete para esses anos presentes de polarização ideológica e estupidez assumida. E mesmo com domicílio em Petrolina, sua terra natal, onde vive e construiu carreira, política e profissional. Walter Lubarino foi homem público para as necessidades mais prementes de Pernambuco. Juntou-se a jovens acadêmicos e que ganharam notoriedade em Pernambuco e surpreendentes para o Brasil que mergulhara debaixo de uma ditadura que apelara com assassinatos e torturas sob o manto impune do AI-5.
WALTER LUBARINO, de oratória inflamada e ornamentada pela cidadania, ao lado do então senador eleito(1974) Marcos Freire, além de outra jovens lideranças do MDB de Ulysses Guimarães, seguia o slogan que surpreendia nas urnas com eleição direta pro parlamento “sem ódio e sem medo “.
Para esse Brasil de agora, debaixo dessa tempestade de ódio e rancores, onde a extrema direita, ainda mantém o sequestro político das igrejas neo pentecostais e dos quartéis, convém se reproduzir às lições daquele Brasil entre 1964-1985, onde silenciosamente, sangravam os direitos civis e prevalecia a desinformação, os decretos de chumbo, com a realidade dos porões da tortura e dis cemitérios clandestinos. Não havia Internet e as redes sociais se resumiam a esporádicos comícios de rua em anos eleitorais. Governadores sob o benefício da tutela militar e escolhidos em assembleias convenientes somavam à sombra de senadores indiretos e biônicos. Era muito difícil e atemorizante se enfrentar esse ciclo autoritário.
Walter Lubarino em comícios municipais de 1976, lançara sua candidatura de prefeito para aquela Petrolina contida em sua ignara condição. Era preciso conteúdo político e ousadia democrática. Houve até desaparecido político em feira livre de Petrolina nesse período conturbado até hoje. E a história cobra esse sangue.
Nesse tempo de PEC da bandidagem e insistência pela anistia, o Brasil continua sendo agredido por essa insistência fascista. E os anos 1970 registram Walter Lubarino a falar por nós.
