Saúde

Câncer de próstata: inovações cirúrgicas reduzem riscos de sequelas

Pioneiro em cirurgia robótica em Pernambuco, o Hospital Santa Joana Recife, da Rede Américas, investe para aumentar a precisão, reduzir o risco de incontinência urinária e perda da função sexual

Hipólito José de Oliveira, de 74 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de próstata no final de 2022. Residente de Maceió, em Alagoas, ele contou que, com medo das sequelas, correu contra o tempo e realizou diversas pesquisas sobre o melhor tratamento disponível, até ser operado por Antonio Cesar Cruz, em maio de 2023, no Recife.  E esse não é um caso isolado. Segundo tipo mais comum de tumor maligno entre os homens no Brasil, o câncer de próstata, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do Ministério da Saúde, possui alto índice de cura, chegando a até 90%. O principal fator para alcançar esse percentual de sucesso é o diagnóstico e o tratamento precoce. E, nesse sentido, a tecnologia vem contribuindo – e muito – para a prática assistencial.

De acordo com o urologista Antonio Cesar Cruz, coordenador do Centro de Urologia do Hospital Santa Joana Recife, o processo para identificar e diagnosticar o câncer de próstata é, principalmente, a triagem preventiva. Ou seja, o rastreio da doença com base em exames de rotina clínico e laboratoriais, como o toque retal e o Antígeno Prostático Específico (PSA).

Desses, o exame de toque retal, historicamente, é o mais conhecido por afastar os pacientes do consultório médico. Contudo, o urologista do Hospital Santa Joana Recife destaca que ao longo dos anos, com o avanço da medicina e da disseminação de informações sobre a importância da realização do exame clínico, essa realidade tem mudado.  “Ainda existe o receio, claro, mas em menor escala”, relata.

O protocolo preconizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) orienta que somente após estabelecida a suspeita do câncer de próstata, o profissional prossiga a investigação utilizando outros recursos. Entre esses, a ultrassonografia, que mede o tamanho da próstata e avalia a bexiga, e a ressonância magnética, que visualiza detalhadamente a próstata, ajudando a identificar áreas suspeitas e a orientar a realização de uma biópsia mais precisa.

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