A mosca da fruta, que estava controlada há anos, voltou a causar prejuízo.
A pragra ataca os frutos ainda verdes e reduz em até 20% a produção.
O inseto fura a casca da fruta por todos os lados, que acaba apodrecendo antes de ser colhida. O clima tropical e pomares com fartura favorecem o aparecimento da mosca.
A mosca ataca os frutos ainda verdes. Na plantação de sapoti, do agricultor Ledoar Carvalho, em Petrolina, Pernambuco a perda causada pelo inseto preocupa. “Tenho 10 hectares de sapoti e tenho seis produzindo. Com a mosca reduz em torno de 15% a 20%”.
O índice elevado da mosca das frutas atrapalha diretamente as exportações do vale do São Francisco. Muitos clientes internacionais exigem dos produtores da região a certificação fitossanitária, como é o caso dos Estados Unidos, que não aceitam um fruto sequer com a ocorrência da praga.
O mercado interno também é abalado. De acordo com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, a praga estava controlada desde 2008, mas reapareceu porque durante anos o controle do inseto só era feito por exportadores. Muitos agricultores que abastecem apenas o mercado nacional não cuidavam das plantações. Segundo a Adagro, isso aumentou a incidência da mosca das frutas no Vale do São Francisco.
A Adagro espalhou armadilhas em várias propriedades da região para saber onde o inseto aparece com mais intensidade, mas o controle é feito pelos produtores, que devem enterrar os frutos comprometidos ou pulverizar os pomares com produtos registrados pelo Ministério da Agricultura. A mosca das frutas ataca principalmente as plantações de manga e uva de mesa, motores do agronegócio da região.
Para evitar que o aumento da praga saia do controle, o governo de Pernambuco determinou, por meio de uma portaria, que todos os produtores, grandes ou pequenos, façam o monitoramento nas fazendas.
Além de fazer o monitoramento das moscas, a agência de defesa agropecuária de Pernambuco começou a fiscalizar o controle nas plantações. (Globo Rural)
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