O número de pessoas com excesso de peso no Recife cresceu nos últimos seis anos. Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a cidade tem o maior índice de pessoas com sobrepeso entre as capitais nordestinas, atingindo 53,3% da população em 2012 – em 2006, era 44,4%. A quantidade de obesos também aumentou, de 12,3% para 17%, índice que ocupa a sexta posição na região.
O crescimento do número de pessoas com problemas de peso está associado a um problema cultural, acredita o coordenador do programa de Cirurgia da Obesidade do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Cavalcanti. “O problema é que é muito mais fácil produzir um macarrão, que é bem calórico, do que comer corretamente. É claro que tem uma questão cultural, a comida típica. É muito carboidrato que o nordestino come, porque era necessário. O gasto calórico com trabalho braçal era muito grande [no passado]”, aponta Cavalcanti.
O levantamento ainda revela que frutas e hortaliças vêm sendo deixadas de lado pela população, com apenas 19,3% tendo ingerido as cinco porções diárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “É mais barata e prática a alimentação mais calórica. Se você tem acesso pleno ao alimento, você não come tão errado, quanto aqueles que têm acesso restrito”, acredita o médico. (G1)
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