Com os movimentos limitados pela legislação eleitoral, os pré-candidatos e seus aliados aproveitam o ambiente virtual para seduzir os eleitores na pré-campanha, focando, principalmente, nas redes sociais. Mesmo sem poder pedir votos, se apresentar como candidato ou fazer promessas para quando (se) alcançar o cargo almejado, eles utilizam o espaço para divulgar a imagem, suas ideias, interagir com o eleitorado e, como não poderia deixar de ser, trocar farpas com os rivais.
O presidenciável Eduardo Campos (PSB), por exemplo, tem investido nos ataques ao Governo Federal, nos mais variados setores, provocando a ira dos petistas. Somente na semana passada, entraram na mira do socialista temas como a segurança pública, a gestão energética, a política econômica e o balanço fiscal. “O ano de 2015 está se anunciando mais complicado a cada dia que passa para todos os brasileiros, e o governo parece continuar sem sequer saber como agir”, disparou, em post do último dia 13, ao tratar de uma análise do FMI sobre vulnerabilidade financeira dos países.
Aécio Neves (PSDB-MG), com quem Campos disputa a encarnação de candidato oposicionista, também posiciona as artilharias na página do Facebook, todas apontadas para o Palácio do Planalto. O tucano tem uma vantagem sobre o socialista pelo fato de não ter precisado se licenciar do cargo de senador. Isso lhe permite divulgar ações parlamentares de enfrentamento ao Executivo, como a participação em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a CPI restrita da Petrobras.
Na semana passada, além da comissão, a linha do tempo do mineiro, com a hashtag #BrasilReal focou os ataques na alta carga tributária e nos problemas com institutos estatais de pesquisa, vítimas, segundo ele, do “intolerável grau de aparelhamento do Estado brasileiro pelo PT”. Embora dê ênfase à divulgação de ações do Governo Federal, a página da presidente Dilma Rousseff (PT), administrada pelo Partido dos Trabalhadores, vez por outra aumenta o tom contra os adversários. Às vezes, através de ironia, como a postagem de uma animação feita sobre a música “Beijinho no Ombro”, da cantora Valesca Popozuda, para comemorar as 350 mil “curtidas”.
Em outros momentos, o ataque é direto, como quando, em janeiro, publicou a “Balada de Eduardo Campos”, um poema satírico, que acusava o socialista de vender “a alma à oposição” e chamava Marina Silva (PSB), de “ovo da serpente”.
Por Diogo Monteiro
Da Folha de Pernambuco
2 comentários
já era todos us dois.13 neles e dilma
Dois vagabundo dentro da politica querem quebrar o Brasil;Caneiros e canalhas na politica;