O zelador Jezi Lopes da Silva, de 63 anos, natural do município de Remanso, foi encontrado morto na Praia Grande, litoral de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (2). Ele foi visto com vida pela última vez na sexta-feira (30), no elevador do prédio onde morava e trabalhava, na Casa Verde, zona norte da capital.
O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, disse à polícia que matou o zelador Jezi Lopes de Sousa, de 63 anos, por acidente. Segundo o delegado Ismael Rodrigues, da 4.ª Delegacia Seccional, ao confessar o crime, Martins admitiu ter brigado com a vítima, mas afirmou que o idoso bateu a cabeça no batente da porta.
– Nós não acreditamos nessa versão. Ele matou de maneira proposital.
O advogado da família da vítima disse que o zelador foi asfixiado e morto.
No dia do sumiço, vizinhos disseram ter ouvido uma discussão no prédio no mesmo horário em que o zelador desapareceu, por volta das 15h. Pouco tempo depois, o casal foi visto descendo com uma mala. Eles alegaram que a mala estava cheia de roupas que seriam doadas para uma igreja.
Na manhã desta segunda-feira, policiais civis foram ao prédio e descobriram que o pai do publicitário tem uma casa na Praia Grande. Investigadores foram ao local e encontraram o suspeito tentando queimar o corpo do zelador dentro da residência.
Imagens do desaparecido
Jezi foi visto pela última vez às 15h35 de sexta saindo do elevador do edifício residencial onde trabalhava, na Rua Zanzibar, bairro da Casa Verde. Imagens de câmeras de segurança do condomínio, mostram o momento em que ele deixa o elevador num dos andares levando cartas que seriam entregues aos moradores. Depois disso, o circuito interno não mostra mais Jezi retornando ao elevador.
Outras 15 câmeras também não registraram a passagem dele pelas escadas. Todos os equipamentos funcionam 24 horas por dia gravando quem entra e sai do prédio. Ao todo, o edifício tem 22 andares. Só na frente do imóvel, há três câmeras, e em nenhum momento os equipamentos registraram o zelador deixando o local.
De acordo com o registro policial, a filha de Jezi relatou que um dos moradores tinha “problemas de relacionamento” com seu pai. Ela também informou que uma moradora lhe contou ter “ouvido gritos de discussão, pedindo para parar, e ao olhar pelo olho mágico do apartamento teria visto o morador [o publicitário] (…) fechando a porta.
Esse episódio ocorreu em horário compatível com a última vez que o zelador foi visto deixando o elevador. Além da família do zelador, policiais militares e funcionários do prédio vasculharam todo o edifício e não encontraram Jezi.
Sheyla Viana de Souza, de 27 anos, filha do zelador morto e esquartejado na semana passada disse estar traumatizada com o crime.
Imagens de moradores
Sheyla, o namorado dela e um policial militar, que vasculharam o prédio em busca do zelador, também informaram que, por volta das 17h50 de sexta, as câmeras do prédio gravaram o publicitário entrando no elevador “arrastando uma mala escura e carregando um saco, ambos de grande porte, que demonstrarem estarem bem pesadas, levando-se em consideração a dificuldade (…) ao arrastá-las”.
“Não sei como vai ser a minha vida. É um trauma que estou tendo que acho que só o tempo vai curar. Eu acho que estou em choque ainda”, disse a supervisora Sheyla.
Fonte: Remanso Notícias
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