Ministro dos Esportes pede mudanças no futebol brasileiro: “Marca profunda”

Por Ricardo Banana
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imagemPresente na manhã desta quinta-feira ao briefing diário organizado pela Fifa durante a Copa do Mundo, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, criticou a humilhação sofrida pelo Brasil e pediu mudanças no futebol nacional. Chegando a comparar a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal com o vice-campeonato mundial em 1950, o político avisou que a goleada será uma marca profunda para o país e pediu que as causas da mesma sejam examinadas.

– Já manifestei mais de uma vez a minha opinião e volto a repeti-la: o futebol brasileiro precisa de mudanças. A derrota para a Alemanha evidencia ainda mais essa necessidade. Foi um acontecimento lamentável assim como a derrota para o Uruguai em 1950, mas não sou a pessoa mais indicada a promover um clima de caça às bruxas em um momento de dificuldade. Para todo grande problema geralmente aparece uma solução óbvia, fácil e geralmente errada. Então creio que é preciso ter a consciência de que as mudanças no futebol brasileiro precisam ser feitas, mas é preciso encontrar a eficiência em promovê-las. E que isso não se faça somente pela dor da derrota sofrida para a Alemanha. É preciso que as mudanças tenham sentido de continuidade e erradiquem as causas mais profundas daquilo que conduziu a esse vexame do nosso futebol.

Para o Ministro, no entanto, o resultado negativo não apaga o esforço feito pelo Brasil na organização da Copa e que vai servir de legado com a infraestrutura de estádios e centros de treinamentos espalhados pelo país.

– Mesmo que isso não tivesse acontecido (derrota para a Alemanha), sempre disse que deveríamos aproveitar a Copa para que esse grande esforço resultasse em infraestrutura, em estádios, em centros de treinamentos. Nosso futebol tem problemas que precisam ser enfrentados. Somos fornecedores de matéria prima e importadores de produtos acabados. O governo, onde é de sua competência, tem procurado ajudar. Estamos discutindo a legislação que apoie os clubes e seus compromissos em relação à responsabilidade financeira, calendário, respeito aos atletas. Já estamos em uma fase bem adiantada. Independentemente do resultado adverso que tivemos contra a Alemanha, é um esforço necessário – frisou.

Após a queda na semifinal, o Brasil volta a campo no próximo sábado para enfrentar a Holanda, às 17h (de Brasília), no estádio Mané Garrincha, pela disputar do terceiro lugar. No dia seguinte, Alemanha e Argentina se enfrentam no Maracanã na grande final da Copa do Mundo. (G1)

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