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A reflexão sobre as ações de mitigação das Mudanças Climáticas e Preservação da Caatinga foram o mote do III Seminário Estadual de Recaatingamento que aconteceu no período de 09 a 10 de março, em Juazeiro. O evento, realizado pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) e pelo Governo do Estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, reuniu mais de 100 pessoas entre agricultores (as), técnicos(as), pesquisadores(as) e professores(as) universitários(as), estudantes(as) e autoridades políticas à exemplo do Coordenador Geral do Programa Bahia sem Fome do Governo da Bahia, Tiago Pereira.
Com uma programação marcada pela presença e interação de agricultores(as) defensores(as) da Caatinga, o evento trouxe o debate sobre pautas como conhecimentos populares e científicos para a convivência com o Semiárido; pesquisas desenvolvidas sobre o Recaatingamento e a Caatinga; e estratégias para a conservação da Caatinga.
A ação de Recaatingamento, que está atrelada à recuperação de áreas degradadas e conservação do bioma Caatinga, está sendo desenvolvida, atualmente, em pelo menos 20 territórios rurais – conglomerados de comunidades rurais de municípios do Semiárido da Bahia, na parceria entre o Governo da Bahia e o Irpaa.
“O trabalho de Recaatingamento é uma forma de discutir a recuperação da Caatinga e de áreas degradadas, colocar agricultores(as) e técnicos(as) para refletirem sobre todo o processo de degradação. Não é só o sistema capitalista que degrada, mas a sociedade como um todo aprende de que este é o certo. A reflexão que o Pró-Semiárido traz no seu conjunto de ações é um jeito de a gente tirar do inconsciente essas questões. Esse trabalho não vai esgotar aqui”, destacou o subcoordenador do componente produtivo e de Acesso a Mercados do Pró-Semiárido, Carlos Henrique Ramos.
Carlos Henrique participou da mesa de abertura e da mesa política do Seminário. Na ocasião, foram apresentadas algumas das ações do projeto em parceria com o Irpaa e outras Organizações Não-Governamentais que executam o trabalho de Assessoramento Técnico Contínuo (ATC) em parceria com o Pró-Semiárido e a importância da incidência para que ações como a do Recaatingamento se tornem políticas públicas.
Durante o Seminário foram apresentados dados sobre os impactos dessa iniciativa. São mais de R$ 3,7 milhões investidos em formação, equipamentos e infraestrutura como bioáguas, cisternas calçadão, fogões ecológicos, biodigestores, barreiros e viveiros de mudas.
O Pró-Semiárido é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública ligada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).