“A ponte dos sonhos”, Julio Lossio pode repetir a façanha de 2008

Por Ricardo Banana
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Quem não se lembra do bate-chapa do PSB em 2008 nas eleições municipais de Petrolina, quando o ex-prefeito Odacy Amorim buscava a sua reeleição e foi derrotado na convecção do partido em uma disputa com o deputado federal Gonzaga Patriota. Odacy tinha 80% de aprovação, um grande alinhamento político e uma base consolidada, porém na época o ex-governador Eduardo Campos tinha fechado os olhos para a disputa interna da legenda e permitiu o embate que veio a favorecer Lossio.

Naquele mesmo ano, o ex-prefeito Julio Lossio aparecia como um verdadeiro azarão, sem base política, sem partido e sem estrutura de campanha. Contava apenas com dois partidos – o DEM e PMDB – e com 22 candidatos a vereadores, diferentemente de Gonzaga, que tinha 14 partidos, quase 300 candidatos a uma vaga vereador e 62% das intenções de votos, que não soube conduzir o processo e levou uma “lavada de votos” do estreante Júlio com quase 30 mil votos de frente.

Na eleição deste ano, o cenário se configura com uma “Ponte dos Sonhos”, que no início de sua pré-campanha tínhamos colocado Júlio com se fosse um bate-esteira para o atual governador Paulo Câmara (PSB). Mas, em função da articulação do senador Humberto Costa em limar a pré-candidatura de Marília Arraes por ter um poder cartorial dentro do PT, Julio Lossio pode repetir a façanha de 2008 e se consagrar governador de Pernambuco diante da necessidade de mudança que reina no estado, mesmo com pouca estrutura de campo e base política na região metropolitana.

Como em 2008, houve a debandada dos fernandistas para Julio Lossio. Em 2018, dez anos depois, os petista que não concordam com a aliança com Paulo Câmara poderão fazer o mesmo com a retirada de Marília Arraes da disputa.

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