Petrolina continua sendo o centro das atenções da politica pernambucana. Não pela sua grandeza física e social. Não pelos números que ela produz, resultado de sua riqueza agrícola em seus campos irrigados. Não pela bela passagem de um rio que é o motor preponderante de um povo e de uma terra. Petrolina chama atenção pela grandeza de sua gente que na grande maioria veio de outras plagas e aqui reuniu-se aos filhos da terra para construir famílias, riquezas, prosperidade, auto estima e sabedoria.
Um povo que sabe reconhecer, sabe valorizar, sabe escolher, sabe decidir e mais uma vez assim fez nas eleições municipais deste ano de 2012.
Depois de três meses de campanha politica, ouvindo as propostas e programas de seus quatros filhos, escolheu um, para continuar dirigindo os destinos da terra de Dom Malan.
O eleitor fez valer a sua preferencia sem se envolver nas promessas e vicissitudes dos candidatos em disputa.
Não votou contra o Ministro, os Deputados e nem contra a simplicidade do cidadão do PSOL. Votou sim a favor de um projeto e de um programa social que se volta para melhor cuidar das pessoas. Votou a favor da continuidade de um trabalho que a sociedade aprovou pelo que aqui vem se realizando nas áreas de: habitação, assistência social, uma melhor saúde, uma educação de resultados e o compromisso para avançar nos projetos de meio ambiente.
O que menos pesou nestas eleições de Petrolina foi prestigio, poder, obra de cal e pedra, influencia de Governador, Senador, Presidenta da Republica e por ai vai.
Falou a voz do povo. Falou a sabedoria popular.
É preciso rever os conceitos e as praticas velhas de uma politica que mesmo com a insistência de poucos, se moderniza pelas novas gerações que chegam, vacinadas pelos arcaísmos dos velhos tempos que já não voltam mais.
É preciso avaliar, renovar, reparar e rever tanta coisa que já está fora do contexto. E quem diz isso é o resultado das urnas. Fazer composições politicas sem ouvir as bases; subestimar a capacidade da prata de casa em troca dos analistas de outros estados e que nada sabem sobre a nossa cultura e a nossa gente; criar factoides para tentar enganar uma população; apresentar resultados de pesquisas para manter viva a candidatura do disputante; agredir os postulantes com palavras ásperas; usar profissionais da imprensa para tomar partidos e expô-los ao ridículo; achar que visual é ter mais cavaletes, militância ou carro de som. Tudo isso precisa ser avaliado, porque para o eleitor, o que fica é o projeto do candidato. É o seu compromisso com o ordenamento social de uma cidade. Este dever de casa Julio Lóssio fez muito bem e talvez esteja ai o grande segredo para a sua vitória.
Agora é recolher as bandeiras de lutas, sacudir a poeira, juntar todo mundo de novo e esperar que o Prefeito reeleito corresponda a expectativa do povo, porque se assim não for, será convidado a ceder o seu projeto para outro.
Vinicius de Santana –
Radialista e Publicitário
Blog do Banana