Acredite se quiser: Bolívia oferece curso de medicina a R$ 700 na fronteira com o Acre

Por Ricardo Banana
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imagem1Vista parcial da principal rua do povoado Puerto Evo Morales

O Ministério da Educação da Bolívia está prestes a autorizar a Universidad Técnica Privada Cosmos (Unitepc) a se instalar em Puerto Evo Morales para oferecer cursos de medicina, odontologia, veterinária e enfermagem. Mais de 25 mil brasileiros estudam atualmente em universidades particulares da Bolívia.

A Unitecp abriu inscrições gratuitas no Brasil para 250 vagas e 960 pessoas, apenas do Acre, já se inscreveram, todas seduzidas pela ausência de vestibular e pelo valor mensal dos cursos de medicina (R$ 750,00), odontologia (R$ 500,00), veterinária (R$ 500,00) e enfermagem (R$ 250,00). A mensalidade na Uninorte, única faculdade privada que oferece curso de medicina além da Universidade Federal do Acre, custa R$ 7.790,00.

Puerto Evo Morales (veja) é um povoado localizado na margem direita do Igarapé Rapirrã, em território boliviano, no Departamento de Pando, ligado ao município de Plácido de Castro (AC), a 97 quilômetros de Rio Branco, a capital do Acre, por uma precária ponte de madeira de 18 metros de extensão.

O povoado onde a Unitepc planeja se estabelecer com seus cursos acadêmicos na verdade foi batizado originalmente como Vila Montevideo. Era um amontoado de palafitas do comércio varejista de produtos importados da Ásia, que funcionava na margem direita do Rio Abunã, frequentados por turistas e sacoleiros brasileiros.

Há sete anos, durante uma madrugada de maio, Vila Montevideo foi extinta do mapa por um incêndio cujas causas nunca foram esclarecidas pelas autoridades bolivianas. O sinistro causou a destruição de seus 60 estabelecimentos comerciais.

Sensibilizado com a tragédia, o presidente Evo Morales visitou Vila Montevideo de helicóptero, motivando os comerciantes bolivianos a não desistirem da freguesia brasileira. E eles decidiram então improvisar outro povoado perto dali, a 534 metros em linha reta do ponto de confluência do Igarapé Rapirrã com o Rio Abunã.

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Batizado de Puerto Evo Morales em homenagem ao presidente boliviano, em sete anos o povoado se tornou um amontoado bem maior de palafitas do que era quando atendia como Vila Montevideo.

Agora existem 180 lojas e dois prédios com quatro andares, o que não se vê do lado brasileiro, em Plácido de Castro, município fundados há 38 anos, além de uma dezena de edificações de alvenaria com até dois andares.

O povoado já conta com um posto médico e duas escolas, de ensino fundamental e médio, e o governo já comprou cimento e areia, em Plácido de Castro, para construção de um hospital.

Mas Puerto Evo Morales exibe esgoto a céu aberto e não conta com água encanada. Não existe calçada e suas duas únicas ruas são de barro, ambas com imensas crateras, sendo algumas abertas pelos moradores para forçar lentidão no trânsito e reduzir as nuvens de poeira que se formam até quando se acelera o motor do carro.

O comerciante Heráclio Flores, 54 anos, pai de cinco filhos, líder dos lojistas, disse que Puerto Evo Morales abriga uma população de mais ou menos mil pessoas e gera cerca de 500 empregos a brasileiros que residem em Plácido de Castro.

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– Parei de vender roupa por causa da poeira e abri essa farmácia. No meu país não é necessário receita para comprar qualquer remédio. Somos muito procurados por brasileiros. Quando Montevideo pegou fogo estava com 20 anos de funcionamento, mas aqui é melhor e vai se desenvolver mais e mais, sobretudo a partir do ano que vem, com a abertura dos cursos de medicina, odontologia, veterinária e enfermagem. A presença de tanta gente forçará o governo a fazer os investimentos de infraestrutura necessários – avalia Flores.

Uma comitiva de assessores do Ministério da Educação boliviano, com a presença de Jimena Fernandez, dona da Unitepc, está sendo aguardada durante a semana em Puerto Evo Morales. As autoridades vão avaliar o povoado e expor à Unitepc as adequações que julgarem necessárias para autorizar o funcionamento dos cursos.

A Unitepc já atua na fronteira há quatro anos, quando se instalou em Cobija, capital de Pando, vizinha dos municípios de Epitaciolândia e Brasileia, ambas separadas apenas pelo Rio Acre. No primeiro ano, atraiu 700 estudantes, a maioria brasileiros. Atualmente, com 1,2 mil alunos, oferece cursos de medicina, odontologia, enfermagem, fisioterapia e kinesologia, veterinária e zootecnia, engenharia comercial e direito.

Em maio, a prefeitura de Plácido de Castro, administrada por Roney Firmino (PSB), assinou convênio de cooperação interinstitucional com o reitor da Unitepc, Hernán García Arce. O objetivo é, daqui a três anos, reforçar a formação acadêmica dos estudantes de maneira integral mediante participação direta no manejo prático dos serviços de saúde que oferecem os hospitais dependentes da prefeitura para cumprimento do programa de internato rotatório e práticas hospitalares.

Plácido de Castro possui dois hospitais, sendo um em Vila Campinas, ambos gerenciados pelo Estado, além de nove postos de saúde administrados pelo município. A Associação dos Prefeitos do Vale do Acre está envolvida para garantir também a participar dos postos de saúde e hospitais dos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. O prefeito informou que o governador Tião Viana (PT) já teria liberado os hospitais para que sejam usados nas aulas práticas de medicina e enfermagem.

O convênio estabelece ainda que o plantel docente de médicos da Universidad Federal do Acre facilitará o ingresso dos estudantes da Unitepc nos hospitais, nos ciclos de práticas hospitalares e internato rotatório.

Plácido de Castro, cuja população é de 17,2 mil habitantes, se mantém basicamente do repasse mensal de R$ 800 mil do Fundo de Participação dos Municípios. Com 500 funcionários, destina mensalmente R$ 700 mil para pagamento da folha de pagamento.

Formado em pedagogia em Barretos e educação física em Batatais e em medicina pela Unitepc, em Cochabamba, com especialização em cirurgia geral e cirurgia plástica em São Paulo, o prefeito Roney Firmino é o maior entusiasta na defesa da presença da faculdade em Puerto Evo Morales. A gastroenterologista Marta, a mulher do prefeito, também se formou na mesma faculdade boliviana e trabalha no posto de saúde do município.

– Estou diante de um desafio grande e ousado, pois sei o que passei para me tornar médico. Estou atraindo a faculdade para Puerto Evo Morales preocupado com a população de nosso município, que não tem opção de emprego e renda. Queremos que os estudantes tenham casa e comida em Plácido de Castro e estejam a menos de dez minutos da faculdade. A qualidade é cada aluno que busca – afirmou Firmino.

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De acordo com o prefeito, existem cinco médicos bolivianos e cubanos qualificados em Puerto Evo Morales, além de oito médicos brasileiros que estão credenciados à dar aula nos cursos de medicina e enfermagem porque se formaram na Bolívia. Firmino disse que não existe impedimento legal para que os médicos continuem trabalhando Brasil e passem a lecionar na Bolívia. Ele acredita que a presença de mil alunos em Plácido de Castro pode impulsionar a economia.

– Cada aluno trazendo R$ 1 mil significará R$ 1 milhão. É como se tivéssemos 1,5 mil pessoas empregadas na cidade com salário mínimo. Onde ou quando vamos atrair para cá uma empresa que seja capaz de gerar essa quantidade de empregos? É por isso que pedimos e contamos com a parceria integral do governador Tião Viana.

O prefeito não vê como dificuldade a falta de estrutura de Puerto Evo Morales. Contou que em 1990 visitou Bonito, pólo do ecoturismo no Mato Grosso do Sul, e encontrou mais de 500 pessoas acampadas em barracas.

– Hoje, em Bonito, operam redes de hotéis e pousadas. Não tem como incentivar as pessoas a criarem estruturas sem que haja demanda. Quando os estudantes se mudarem para cá, a infraestrutura vai começar a aparecer. Os estudantes vão morar no Brasil e o que vão necessitar do lado boliviano da fronteira é apenas estudar. O esgoto a céu aberto, por exemplo, também existe em 95% das cidades brasileiras. Durante a adolescência, aqui, na zona urbana de Plácido de Castro, morei doze anos sem energia elétrica.

Firmino não vê diferença entre médicos formados na Bolívia ou no Brasil. Segundo ele, o currículo da mulher dele, por exemplo, é igual ao currículo da Universidade Federal de Uberlândia.

– O que ela não estudou na Bolívia foram as matérias estudo de problemas brasileiros, doenças tropicais e geriatria. O que a gente vê em qualquer faculdade são professores ou alunos comprometidos ou não com o curso que está fazendo. Se eu nunca tivesse me formado no Brasil, não poderia dizer o que estou dizendo. Existe gente que não se formou na Bolívia e que não sabe onde é o Norte ou Sul. O ensino boliviano é compatível com o ensino brasileiro. Quem fala o contrário é porque é simplesmente contra que surjam mais profissionais. Depois de formado, assim como eu, todos terão que correr para revalidar seus diplomas no Brasil.

Na opinião do médico e prefeito, o que atrai na Bolívia os milhares de estudante brasileiros é o valor das mensalidades e não a ausência de vestibular.

– Quem, no Acre, pode pagar R$ 8 mil por mês para cursar medicina na Uninorte, em Rio Branco, sem contar as despesas com aluguel, livros, material didático? Quem vai pra Bolívia é o estudante pobre. Os ricos cursam as universidade federais no Brasil. Os pais têm dinheiro para pagar bons cursos para seus filhos, que sempre estudaram em escolas particulares, mas que se preparam e são aprovados. Essa realidade só mudaria se as vagas nas universidades públicas fossem limitadas a quem sempre estudou em escolas públicas.

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Danielle Oliveira

A potiguar Daniella Oliveira começou a estudar engenharia de sistemas na Unitepc, em Cochabamba, em 1997, abandonou o curso após três anos e passou a estudar odontologia, quando conheceu o então estudante de medicina acreano Renato Garcia. Casaram e agora possuem um centro médico em Plácido de Castro. Ela está empolgada com a possibilidade de instalação dos cursos prometidos para Puerto Evo Morales.

– Estudei odontologia dois anos na Bolívia, fiz uma prova, fui aprovada e me transferi para concluir o curso na Universidade Potiguar de Natal.

Com três pós-graduações, a última na Uninorte, em Rio Branco, Daniella Oliveira trabalha há 10 anos em Plácido de Castro, além de ser mediadora de curso de assistente de auxiliar de consultório dentário do Instituto Dom Moacyr Grechi, do governo estadual, que excuta o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.

Ela considera “muito promissor” que a Unitepc possa abrir mais cursos de medicina, odontologia, veterinária e enfermagem na fronteira.

– Estudei dois anos lá e é uma universidade muito boa. Devo muito de minha formação aos primeiros anos de anatomia, que foram de excelência. Voltei para o Brasil com a mesma carga horária de medicina. Não necessitei pagar matéria. Passei e fiz só português e inglês técnico.

Na avaliação da dentista, no Brasil existe preconceito contra quem se forma na Bolívia, mas ela considera que “é o aluno quem faz a faculdade”.

– Quem quer estudar vai para qualquer lugar. Conheço várias pessoas, médicos e dentistas, que se formaram lá e que atuam em várias partes do país. Tenho três amigas que se formaram na mesma Unitepc, sendo que duas atuam em Brasília e a outra em Natal. Vou ser sincera: queria mesmo era ser aluna de medicina em Puerto Evo Morales e por isso estou em dúvida em aceitar ou não o convite que recebi para mediar no curso de odontologia.

Apenas em Plácido de Castro, segundo o prefeito, existem mais de 100 alunos se deslocam diariamente para Rio Branco, onde cursam faculdades particulares.

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 Rosa Chavez

No lado direito da rua principal, logo após a ponte sobre o Igarapé Rapirrã, a médica boliviana Maria Rosa Silva Chavez, 40 anos, que nasceu e se formou em La Paz, atende no improvisado Consultório Zapata. Ela divide o espaço com uma médica cubana, especialista em doenças tropicais, e com um dentista (marido) e outro médico também bolivianos.

Cirurgiã abdominal, Maria Chavez no momento está dedicada ao atendimento clínico, pois essa é a maior demanda de seus pacientes, quase todos brasileiros das zonas urbana e rural dos municípios do Vale do Rio Acre. Os dados de todos os seus pacientes estão anotados em sete cadernos grandes empoeirados que ela exibe como troféus de sua reputação profissional na região.

A médica disse que tem mestrado em pedagogia, recebeu convite e se sente preparada para dar aula na faculdade que vai abrir no povoado. Ela contou que mudou para Puerto Evo Morales há sete anos, quando estavam sendo construídas as primeiras casas. Por causa do frio em La Paz, a filha dela convulsionava durante crises de asma.

– O clima daqui é benigno, tropical, uma beleza, e os brasileiros são muito carinhosos. Todos os médicos que estão nesta vila são capazes, são referências. A medicina não precisa de gênios, mas de pessoas de grande coração. Falta de estrutura não é problema. Nós precisamos apenas de conhecimentos básicos para formar pessoas ao estilo de meu país.

Maria Chavez disse que o dinheiro, no Brasil, está sempre à frente da medicina e que no país dela isso não acontece. Segundo a médica, na Bolívia as aulas de anatomia, por exemplo, são melhores porque os alunos podem estudar diretamente em cadáveres.

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– Não dispomos daqueles corpos de silicone e estudamos nos próprios humanos ou animais mortos. Fiz minhas primeiras cirurgias num cachorro, meu animal de estimação, na minha casa, pela necessidade de aprender.

A médica, que disse atender cerca de 30 pessoas por dia, contou que sonhava em dispor de um cadáver para estudar, mas não conseguia adquirir porque custava US$ 1 mil. Mas a mãe dela conseguiu comprar de um coveiro de La Paz o cadáver de um indigente pelo valor equivalente a R$ 8,00.

– Minha mãe e eu lavamos o cadáver com cloro e levamos para nossa casa. Eu tinha 16 anos. O meu José até hoje está em minha casa, em La Paz. Penso trazê-lo para servir à minha filha e aos colegas dela na faculdade de medicina em Puerto Evo Morales, pois ela já está inscrita para estudar aqui também.

Segundo a médica, quando estudou na Universidad Mayor de San André, o curso de medicina era precário e um morto tinha que ser compartilhado por 45 estudantes, mas tudo mudou com o cadáver José.

– Um dia eu leva a cabeça, noutro o fígado, sempre dentro de uma mochila. E quando não tínhamos um morto, íamos aos cemitérios e tirávamos algum morto. Como pude fazer todas essas coisas para aprender. Era muito difícil, muito difícil, mas foi assim que aprendi. Sinto muito orgulho de meu país – acrescenta emocionada a médica, sem conter o choro.

Ela tem verdadeira ojeriza por Evo Morales, a quem se refere como “um pobre burro e estúpido”.

– Entre falar mal dele e ir para a cadeira, prefiro guardar silêncio absoluto.

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O médico Renato Garcia, que nasceu em Rio Branco e se formou em Cochabamba, é professor do curso de medicina da Universidade Federal do Acre. Filho de um ex-sindicalista ligado aos trabalhadores rurais e de uma ex-diretora do hospital de Plácido de Castro, atua há onze anos como médico no município.

– Minha mãe me fez desenvolver o sonho pela medicina. Estou falando de uma família de baixa renda, para quem a Bolívia já era, em 1997, a opção para quem queria estudar medicina.

Após se formar, em 2003, Garcia percorreu vários estados tentando revalidar o diploma. No ano seguinte, fez provas na Universidade Federal de Alagoas e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, sendo aprovado nas duas instituições.

– Voltei para Plácido de Castro, atuei dois anos com clínico geral, e fiz residência na capital em medicina da família. Voltei para o município com o dever de conduzir o estágio rural da Universidade Federal do Acre. Tentamos instalar um pólo de extensão, mas por alguns problemas não conseguimos consolidar o estágio rural, embora tenhamos preparado o hospital para tal.

No hospital de Plácido de Castro o atendimento é feito por três médicos brasileiros e dois cubanos. Garcia enxerga viabilidade nos cursos acadêmicos em Puerto Evo Morales, embora reconheça que a estrutura necessária dependerá dos entendimentos da universidade com o governo boliviano.

– O mais importante, que são os alunos, existe bastante. Temos que esperar o tamanho do investimento que a reitoria e o governo da Bolívia farão para que a faculdade possa se estabelecer e se estruturar gradualmente.

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O médico considera que a questão mais delicada envolve o convênio que a prefeitura de Plácido de Castro assinou com a Unitepc.

– Aí partimos para um pólo maior, que dependerá do Itamaraty, numa discussão maior envolvendo políticos dos dois países.

Segundo o médico, os questionamentos em relação à qualidade dos que são formados na Bolívia depende muito de cada pessoa, da estrutura e da qualidade na escolha dos professores que vão moldar os profissionais.

– Estrutura favorece muito o aluno, mas precisamos entender que ele lida com duas opções: passar pela universidade ou a universidade passar por ele. Se alguém se dedica a ser um bom profissional, será um bom profissional, mas se entra apenas para brincar, pode entrar na Universidade de São ou qualquer outra, que sairá de lá como um profissional medíocre.

Para Garcia, na atualidade, quem socorre o Acre são os médicos estrangeiros, sobretudo os brasileiros formados na Bolívia. Depois deles, alunos formados na Universidade Federal do Acre.

– Esses são os pilares da saúde pública no Estado. Há dez anos, ninguém imaginava isso. Da mesma maneira podem criticar agora o que está sendo sonhado para Puerto Evo Morales. Vivemos num mundo capitalista e quando se quer, se faz. Basta o governo boliviano autorizar a abertura de um aeroporto e em uma hora começa a chegar bons professores de diversas partes do país. Acho que é necessário iniciar o básico e, a partir disso, ir construindo. Foi assim que a Universidade Federal do Acre fez.(Blog da Amazônia)

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