O Ministério da Agricultura informou nesta quinta-feira (13) que o governo da África do Sul comunicou a suspensão das importações de carne bovina brasileira, em virtude do comunicado feito semana passada sobre a ocorrência de um caso considerado não-clássico da enfermidade Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como “doença da vaca louca”, em uma fêmea que morreu em 2010 em uma fazenda no Paraná.
Nesta semana, o Japão também anunciou restrições à importações de carne bovina do Brasil.
Segundo o ministério, até o momento, Japão e África do Sul foram os únicos país que comunicaram oficialmente ao governo brasileiro restrições à carne bovina brasileira.
Em relação aos rumores que circulam no noticiário internacional sobre a possível suspensão das compras por parte da China, o ministério informa que ainda não existe confirmação oficial.
A África do Sul não é tradicional cliente das empresas brasileiras. Segundo dados do ministérios, de janeiro a outubro foram comercializadas para o país apenas 293 toneladas de carne bovina, totalizando US$ 962 mil.
O último embarque específico para o mercado sul-africano ocorreu em janeiro de 2008, quando foram vendidas 60,8 mil toneladas de carne bovina congelada.
Já o Japão respondeu por 0,14% da carne bovina exportad pelo Brasil neste ano. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), de janeiro a outubro, o país comprou 1.392 toneladas de produtos industrializados que representaram US$ 7,635 milhões.
Os técnicos do ministério se reuniram na segunda-feira (10) a portas fechadas com o adido agrícola do Japão no Brasil para prestar esclarecimentos sobre o caso ocorrido em dezembro de 2010 no Paraná.
Segundo o governo, exames de laboratório comprovaram a presença do agente causador do mal da vaca louca, mas o animal não desenvolveu os sintomas da doença. Os técnicos querem mostrar para os japoneses os ofícios de entidades internacionais validando os procedimentos de defesa sanitária animal adotados pelo Brasil.
O ministério também pretende fazer visitas técnicas aos 20 principais países compradores da carne bovina brasileira para evitar novos embargos. (G1)
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