O presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu Guillo, afirmou nesta terça-feira 21, durante audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, que utilizar a segunda cota da reserva técnica no Sistema Cantareira é uma “pré-tragédia”.
“[A Sabesp] quer retirar o segundo volume morto, que é a pré-tragédia. Mas não há alternativa para São Paulo que não seja chover ou tirar água do volume morto do Cantareira”, disse ele. O dirigente acrescentou que, se não chover nos próximos meses, a empresa vai tirar água do “lodo”.
A ANA concordou com a Sabesp, na semana passada, em retirar a segunda cota do chamado ‘volume morto’, que tem 106 bilhões de litros de água, caso seja necessário para o abastecimento da região. O sistema opera hoje em 3,5% de sua capacidade total, de acordo com a companhia.
Nesta terça-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), amenizou o problema, afirmando que já adentramos no período de chuvas. “Nós já passamos o período da seca, já entramos na primavera, nem entramos na segunda reserva técnica e temos uma terceira reserva técnica”, ressaltou.
Ele ressaltou, em entrevista hoje cedo, que a falta de água nos reservatórios paulistas é resultado de uma seca histórica. “O esclarecimento importante para população. Nós tivemos no ano passado a maior seca dos últimos 84 anos. Isso pegou o norte do estado de São Paulo o sul de Minas Gerais até o Triângulo Mineiro”, afirmou.
Ele destacou ainda que as reservas técnicas são outra arma do governo estadual pra resolver o problema da crise hídrica. “A chamada reserva técnica serve para um momento excepcional. Só que nunca teve bomba ou equipamento capaz de retirar”, explicou. “Fizemos em 74 dias todas as obras e a reserva foi disponibilizada”, contou. (247)
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