Agosto é o mês de reforço ao incentivo ao aleitamento materno

Por Ricardo Banana
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Gestora do Centro Obstétrico do Hospital do Círculo, em Caxias do Sul, destaca que bebês devem ser alimentados com o leite da mãe na primeira hora de vida
Começa nesta terça-feira (1º) a campanha Agosto Dourado. O oitavo mês do ano foi instituído no Brasil com o período voltado à intensificação de incentivo ao aleitamento materno. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde mostra que um a cada três bebês nascidos no país deixam de ser amamentados na primeira hora de vida (37,6%). Esses casos descumprem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conforme a enfermeira Sandie Mueller, gestora do Centro Obstétrico do Hospital do Círculo, em Caxias do Sul, o acesso da criança ao leite materno logo após o nascimento traz benefícios para os recém-nascidos, porque ele contém agentes protetores que aumentam a imunidade das crianças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o leite materno é o alimento mais rico e completo para os bebês. Até o sexto mês de vida, a orientação é que eles sejam alimentados apenas desta forma, sem necessidade de água ou chás, o que ainda é uma prática popular.
Sandie explica que a amamentação exclusiva é um fator de prevenção à mortalidade infantil. Ela também promove a saúde física, mental e psíquica, tanto da criança quanto da mulher. “Amamentar estreita laços entre a mãe e o bebê. A união física e emocional gera sentimentos agradáveis, como amor, carinho e apego entre ambos, o que é fundamental para o desenvolvimento da criança”, adiciona a mestre em Ciências da Saúde.
Dificuldades para amamentar
Embora a recomendação de especialistas seja manter a amamentação, muitas mulheres enfrentam dificuldades neste processo, porque têm pouco leite, dores ou ainda o bebê não pega a mama. Segundo a gestora do Centro Obstétrico do Hospital do Círculo, isso ocorre principalmente nos primeiros dias após o parto. A recomendação dela é que a mulher busque informações sobre a amamentação durante o pré-natal para se preparar para essa etapa. “Para o sucesso no aleitamento materno, considero três fatores essenciais: o desejo de amamentar, a persistência da mulher e uma rede de apoio familiar”, aponta.
Se, mesmo assim, a amamentação for insuficiente para alimentar o bebê, enfermeira explica que ela não deve ser interrompida e, sim, mantida junto com a fórmula infantil prescrita pelo pediatra. Outras duas medidas importantes, diz Sandie, são a manutenção das consultas pediátricas para acompanhamento do desenvolvimento do bebê e da vacinação para evitar problemas de imunidade.
Divulgação

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