Para o cientista político Cláudio Couto, da FGV, a possível chapa Lulalckmin, que ganhou mais ímpeto após o jantar do grupo Prerrogativas, onde os dois estiveram reunidos, sinaliza claramente o fato de que o pré-candidato do PT é “um moderado”.
“Assim, aquela acusação de que ele representaria a extrema esquerda cairia por terra. Como é que você vai dizer que alguém como o Alckmin, sendo um político de uma direita moderada, toparia fazer uma chapa com Lula se ele fosse de extrema esquerda? Isso dá uma sinalização para diversos setores dessa moderação do Lula”, disse, em entrevista à BBC News Brasil.
“Serve tanto para que o eleitor mais ao centro ou à direita perca o medo do Lula, quanto para os setores das elites econômicas e da mídia que poderiam temer um retorno do Lula. Acho que o objetivo é esse: convencer setores que antes rejeitavam Lula de que ele não é nenhum maluco e de que ele seria capaz de compor e fazer um governo amplo”.
Brasil 247