O gasto do trabalhador doméstico com alimentação e habitação correspondeu a 59% da despesa média de sua família, enquanto o desembolso girou em torno dos 37% no caso dos empregadores em 2008 e 2009, de acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mede a estrutura de consumo da população brasileira.
Na pesquisa, o instituto definiu trabalhador doméstico como a pessoa que trabalhava prestando serviço doméstico remunerado no período, incluindo diaristas.
No gasto com os grupos alimentação e habitação, segundo o estudo, a participação na despesa média familiar dos empregados privados ficou em 45,3%, enquanto a dos empregados públicos, 37,4%.
Em termos absolutos, no entanto, as famílias de empregadores gastaram 3,7 vezes o valor despendido pelas famílias de trabalhadores domésticos em relação aos dois grupos.
Os perfis da pessoa de referência estão divididos entre empregado privado, público, trabalhador doméstico, empregador, trabalhador de conta própria, trabalhador para o próprio consumo, estagiário e outras atividades não remuneradas.
A pesquisa do IBGE tem como função apontar as prioridades na área social para a melhoria da qualidade de vida da população, bem como apoiar o setor privado na identificação de oportunidades de investimentos, ajudando a definir incentivos públicos e privados à produção e comercialização de produtos e serviços diversos.
Famílias unipessoais
As famílias unipessoais, que seriam as pessoas que moram sozinhas, também entraram na pesquisa do IBGE. Nelas, o gasto com habitação e saúde foi o mais alto no período do estudo.
O IBGE ressalta que moradia foi o item que mais pesou na despesa média da família brasileira (29,2%), que encolheu de 3,62 pessoas para 3,3 entre 2003 e 2009.
O peso para quem mora sozinho, porém, foi maior que a média das famílias, de 35,4% da despesa total. Para os casais com filhos, o peso foi menor, de 27,3%.
Saúde
A média do gasto familiar com assistência à saúde, de R$ 153,81, representou 5,9% do total da despesa em 2008 e 2009. Nas famílias unipessoais, o percentual sobe para 6,8%, e para 6,6% nas famílias de casal sem filhos. Já os casais com filhos e outros parentes, o gasto com saúde chegou a 6,5%.
O maior crescimento foi de quem mora sozinho (1%), enquanto a maior queda foi vista nas famílias de casais sem filhos (1,2%).
Alimentação
A categoria alimentação representou cerca de 16% do total das despesas das famílias brasileiras, mas com variação dentre os diversos arranjos familiares.
O IBGE observa que a maior participação da categoria foi para as famílias de casal com filhos e outros parentes com 18,2%, enquanto quem mora sozinho teve despesas menores com comida (14,3%).
Transporte
Em transportes, a média dos gastos das famílias estudadas teve praticamente o mesmo peso das despesas com alimentação, de 16%.
Em comparação com a pesquisa de 2002 e 2003, o instituto observou um aumento de 0,9% nos gastos com transporte, e diz que isto se deu provavelmente por conta do crescimento das despesas dos casais e dos casais com filhos.
Fonte: R7
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