Atividades lúdicas, contextualização de jogos com a vida real e interdisciplinaridade são usados para chamar atenção de alunos
“Professora, como vai ser o jogo de hoje? Quando vamos começar?” Perguntas como essas são realizadas todos os dias por alunos do 5º ano da Escola Municipal Paulo Freire à professora Dulcicleia Coelho Nunes. O motivo é o projeto ‘Mente Inovadora’, que trabalha o raciocínio lógico dos estudantes, e que tem instigado a curiosidade e a atenção desses jovens.
Inicialmente, 18 escolas participam do projeto, com turmas de 3º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental, além das turmas de correção de fluxo, alfabetização e aceleração. Os resultados da iniciativa estão sendo avaliados pela Secretaria de Educação (Seduc). Mas um dos objetivos pode ser observado no comportamento dos alunos, “a concentração aumentou”, conta a professora Dulcicleia. “No início, eles conversavam muito, mas, no decorrer das aulas, a atitude deles foi mudando”, afirma.
Formadores do Mente Inovadora, das unidades de ensino e da Seduc acompanham, todos os meses, como a metodologia do programa está sendo desenvolvido em sala. Segundo a formadora, Rosa Medeiros, o acompanhamento é para observar como os educadores aplicam o projeto. “Existem quatro passos que o professor deve seguir para alcançar os resultados esperados: a contextualização da aula, a apresentação das peças, regras e objetivos, a vivência e a transcendência do aprendizado em sala para a vida cotidiana”, diz.
De acordo com a formadora, uma das formas de prender a atenção dos jovens alunos é a forma lúdica de ensino. Por isso, o “Mente Inovadora busca desenvolver o raciocínio lógico dos estudantes com dificuldades em português e matemática, que requerem atenção, por meio de atividades lúdicas, e os jogos ajudam”, salienta. Medeiros, porém, lembra que o uso dos jogos tem um sentido. “Não é jogar por jogar. Busca-se com isso, desenvolver habilidades emocionais, sociais, éticas e cognitivas”, itera.
Analisando… O secretário de Educação, Cel. Heitor Leite, recebe, dos professores e formadores, relatórios de como andam os avanços do projeto. Segundo o titular da pasta, o Mente Inovadora é mais uma forma de equalizar o ensino em Petrolina. “Existem estudantes que, por diversos motivos, têm mais dificuldades que outros. A cidade não vai avançar com jovens sabendo tudo e outros, nada. Por isso, estamos horizontalizando a educação no município”, conclui.
Mente Inovadora. É uma parceria entre Prefeitura de Petrolina e a Mind Lab, instituição responsável por desenvolver o programa. As aulas acontecem com alunos que demonstram dificuldades de aprendizagem em disciplinas como Português e Matemática. Em Petrolina, 3.075 alunos participam.
Ascom PMP
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