Alvo de um abaixo-assinado de seus próprios jornalistas, Folha defende a publicação de artigo considerado racista

Por Ricardo Banana
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Jornal também irá promover seminário interno sobre liberdade de expressão

O jornal Folha de S. Paulo, que foi alvo de um abaixo-assinado de seus próprios jornalistas acusando a publicação de abrir espaço para o racismo, defendeu seu suposto direito de publicar texto considerado racista.

“Os 208 remetentes (192 identificados, 16 anônimos) afirmam que ‘buscar audiência às expensas da população negra é incompatível com estar a serviço da democracia'”, aponta o jornal, em reportagem sobre o caso publicada nesta quinta-feira. Em seguida, o jornal se defende. “Além do treinamento exclusivo para negros, que está com inscrições abertas para a sua segunda edição, a Folha criou o cargo de editor de Diversidade, aumentou o número de colunistas negros e levou em conta a questão identitária na formação do novo Conselho Editorial”, aponta o texto.

“A Direção da Folha reconhece o abaixo-assinado como um instrumento legítimo de manifestação, mas afirma que o conteúdo vai contra a pluralidade e a defesa intransigente da liberdade de expressão, pilares do Projeto Folha”, aponta ainda o jornal. “Será organizado um seminário interno para discutir pluralismo e a questão racial”, pontua a Folha.

(Brasil 247).

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