Meio Ambiente

Alvorlande e Elismar cobram mais uma vez para Petrolina a compensação ambiental do Pontal

DSC_0174Crítico ferrenho da nova modelagem de irrigação para Petrolina que foi efetivada quando da atuação do ex-ministro e atual candidato ao senado pelo PSB, Fernando Bezerra Coelho quando esteve no Ministério da Integração Nacional, o vereador Alvorlande Cruz, do PRTB e integrante da bancada do prefeito Julio Lóssio (PMDB) na Câmara Municipal, soltou o verbo e mais uma vez cobrou mudanças no modelo que atingiu agricultores nativos na região do Pontal.

Alvorlande também cobra uma nova audiência pública na Câmara de Vereadores para que a Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH – defina as compensações ambientais do desmatamento para a implantação do Perímetro Pontal no município. Ele lembra que esteve mês passado pessoalmente na sede da CPRH no Recife acompanhado dos colegas vereadores Pérsio Antunes (PMDB) e Elismar Gonçalves (PMDB), líder do governo no poder legislativo municipal, e protocolou um requerimento conjunto junto ao órgão, pedindo nova outra audiência pública porque no debate anterior o órgão estadual não convenceu.

“Eles não explicaram nada, só conversa. Nunca mandaram respostas dos pedidos de informações que fizemos. Pedi as compensações ambientais para a nossa região aqui, porque de madeira suprimida de nosso território, desmatada, degradada e a contrapartida vai para o Araripe. Peço a Codevasf que se manifeste diante disso. A agencia ambiental do município também se manifeste que ela foi criada no intuito de licenciar esses empreendimentos para que essas compensações sejam investidas na nossa região de Petrolina”, afirmou Alvorlande.

O vereador disse ainda que jamais seria contra o desenvolvimento econômico gerado pela irrigação na região. Para ele Petrolina tem duas historias, uma antes e outra depois da irrigação, mas discorda do formato atual da irrigação no município, porque o homem dono da terra está cada vez mais esquecido, mas pobre, mais largado.

“Não concordamos com o esquecimento que estão tendo com o homem nativo nesta questão do Pontal. Mais de 200 famílias da região ficaram sem nada nesta implantação e nesse modelo pensado para a primeira etapa do Pontal. Ficaram sem terra e sem a área de 6 hectares firmados com a Codevasf para a construção do perímetro. Então peço o envolvimento, faço um apelo aos políticos daqui, deputados federais e estaduais que intercedam, não deixem o homem nativo, aquele de produz a riqueza que era dono da terra, ficar renegado em segundo plano enquanto o empresário que não é nem do ramo, vem para cá para explorar os nossos produtores com essa modelagem, onde o nativo não pode morar no lote, não pode escolher o que vai plantar, isso não é modelo de desenvolvimento igual”, desabafou Alvorlande.

Tudo isso, para o vereador, está forçando o produtor ir embora, sem condições de plantar, sem a terra, sem crédito. “Queremos essa contrapartida dessa supressão do que é o Pontal de 28 mil hectares para os nativos, aproximadamente R$ 66 milhões recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os pequenos vão desaparecer por conta de uma modelagem antiga, retrograda. Me diga onde essa modelagem deu certo? Ninguém quis. As pessoas estão virando indigentes. Essa é a nossa indignação, modelo nocivo para a sociedade, para o nosso homem do campo que produz”, destaca Alvorlande Cruz que parabeniza o diretor-presidente da AMMA, Gledson Castro que tem lutado para que as compensações ambientais do Pontal fiquem aqui, mas ainda não tem tido força suficiente.

“É preciso que as lideranças politicas e os órgãos se manifestem para as compensações do Pontal não irem para o polo gesseiro”, alertou Alvorlande.

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Para o vereador Elismar Gonçalves, a fala indignada de Alvorlande tem todo o seu apoio, porque ele também é contra o modelo do Pontal e cobra a mudança de modelagem de irrigação que só prejudicou a população da região do Pontal e adjacências.

“No Pontal Sul, estou falando porque sou nascido da região, as pessoas que estão lá foram jogadas ao leu. Quem tinha seu rebanho assolado pela seca, não podia nem usufruir da água porque eram ameaçadas pela segurança do Pontal. São coisas macabras, absurdas que a gente observa praticadas por uma parte da politica petrolinense”, assinalou o peemedebista que ressalta que o único que olhou para as pessoas atingidas pela criação do Pontal quando pode foi o prefeito Julio Lóssio.

“Vinte e sete famílias que moram na área da tomada d’água do Pontal, no perímetro Bebedouro, nativos que já sofreram quando criado o Bebedouro, que viram a irrigação passar em seu quintal e não tiveram nem o direito de tirar água para alimentar o seu rebanho, foi preciso uma intervenção forte do prefeito Julio Lóssio junto á Codevasf em Brasília para elas poderem matar a sede dos seus animais. Ação que nem um outro politico teve coragem de fazer”, contou Elismar, afirmando que as pessoas que nasceram na região e alimentaram um sonho, estão sendo excluídas por um grupo que só vê seus interesses pessoais e não pensa no interesso coletivo.

“Isso falo com propriedade porque moro lá, tenho família e amigos lá e sei que o modelo de irrigação do Pontal penaliza os produtores”, conclui.

Blog do Banana

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