Economia

Apesar do aumento do IPI, varejo promete congelar preços de produtos até o Natal

imagemO mês de outubro começou com produtos da linha branca, a exemplo de fogões, geladeiras e máquinas de lavar, tributados por taxas maiores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Porém, o comércio varejista assegura que os preços serão mantidos, pelo menos, até o fim do ano. Apesar de crescimentos menos representativos por conta de recentes fatores econômicos, como dólar alto e famílias endividadas, as lojas de eletrodomésticos mantém boas expectativas, já que o consumidor contará com um aporte financeiro extra a partir do mês que vem: o 13º salário.

O IPI passou por redução no ano passado e, em junho deste ano, o governo federal anunciou um reajuste gradual das alíquotas e que voltaria ao nível original em 1º de outubro (veja quadro com o panorama de retorno das alíquotas). Essa é a razão principal para a manutenção de preços nos próximos meses, de acordo com o gerente de operações da Eletroshopping, Hélio Lins.

“O consumidor não sofrerá o repasse dos preços agora, porque como o estabelecimento da antiga alíquota do IPI foi escalonada e seguindo um calendário, houve planejamento por parte da empresa, que antecipou compras e organizou estoques”, justifica. Sobre a duração dos produtos em estoque, Lins não consegue prever. “Os produtos são o carro-chefe das vendas nas nossas unidades. Representam 40% do faturamento. Mas é difícil saber se as vendas serão excelentes”, pontua.

O diretor executivo do Instituto Fecomércio, Oswaldo Ramos, destaca pontos conjunturais do varejo da Região Metropolitana do Recife e como o restabelecimento das alíquotas do IPI pode ser um agravante para o momento. “Os últimos meses têm sido de recorrentes desacelerações no consumo da RMR. As famílias estão inadimplentes, o dólar eleva o valor dos importados e os juros em alta não favorecem as compras a prazo, ou seja, há uma tendência de retração no consumo”, justifica. “O fim de tributos reduzidos também pode ser mais um agravante para que o consumidor vá às compras. Saber que os preços não devem ser elevados neste ano e chegando a época de tendência histórica de consumo do produtos em questão são elementos econômicos de melhora do cenário”, pondera.

As unidades das redes Casas Bahia e Pontofrio informaram que, “neste momento, vão manter os preços que estão sendo praticados nas lojas”. Mesmo com calendário de retomada de alíquotas do IPI divulgado desde junho, o Grupo Insinuante destacou que não tem posicionamento sobre preços a serem trabalhados pelas lojas da marca, por ser uma mudança recente.

Confira, abaixo, a evolução das alíquotas por produto:

Geladeiras e refrigeradores

5% até o fim de janeiro

7,5% em fevereiro

8,5% em julho

10% de 1º outubro até 31 de dezembro

Tanquinhos

0% no ano passado

3,5% em fevereiro

4,5% em julho

5% de 1º de outubro até o fim do ano

Máquinas de lavar

Já foi de 20% a alíquota antes das reduções A alíquota de 10% continuará sendo definitiva. Antes do início das reduções do IPI, a alíquota para os itens era de 20%.

Fogões

Alíquota original, de 4%, retomada.

Móveis e painéis

0% até o fim de janeiro

2,5% em fevereiro

3% em julho

3,5% em 1º de outubro até dezembro.

Fonte: Diario de Pernambuco

Blog do Banana

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