Política

Após longo debate, Plano Municipal de Educação é aprovado na Câmara de Petrolina

imagemCom 20 metas e 300 estratégias, foi aprovado na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 22, o Plano Municipal de Educação de Petrolina, sertão do estado. Mas o debate até a aprovação rendeu. Uma mistura de conceitos, pré-conceitos e o que a vereadora Maria Elena Alencar, PSB, classificou como, dificuldade de se conviver com o contraditório, porque o texto propunha a preparação dos educadores para lidar com questões de gênero e diversidade sexual. O Plano foi aprovado, suprimindo justamente as palavras, gênero e diversidade, do texto.

Na plateia, um grupo da Pastoral Familiar da igreja Católica, se manifestava de forma contrária, sempre que as vereadoras Maria Elena e Cristina Costa, do PT, discursavam, argumentando a posição delas favoráveis em aprovar o Plano, sem necessidade da retirada dos termos causadores da polêmica. Vereadores que misturavam ora trechos bíblicos ora discursos com teor conservador, invocando a família, entre outros argumentos, contra argumentavam as colegas, ganhando a simpatia da plateia que contava também com alguns evangélicos.

Num determinado momento do debate e como defensor do governo na Casa, o vereador Alvorlande Cruz, PRTB, falou que independente de ter ou não ter os termos retirados, o mais justo seria votar o Plano. “Vamos submeter ao colegiado e votar de uma maneira justa. É importante votar com ou sem emendas. Ninguém está deixando de defender a família. Voto com a maioria que optou pela retirada das palavras em debate do texto”, justificou o vereador.

A vereadora Maria Elena que em alguns momentos chegou a ser vaiada por defender o respeito às diferenças, parabenizou à secretaria de Educação pelo avanço no texto. “Parabenizo a secretaria por esses pontos. Os educadores precisam estar preparados quando questionados. Jesus Cristo foi perseguido e Ele jamais pregaria nenhum tipo de desigualdade, de preconceito. E a questão do olhar do estado, do município, para aprender a viver com o contraditório”m, disse a vereadora.

Maria Elena lamentou a redução das palavras gênero e diversidade no debate. “Confundiram esses termos com ideologia de gênero que assim é nocivo. Fomos defensores porque a secretaria colocou o debate de gênero do ponto de vista educacional. Capacitar os professores para reconhecer as diferenças, respeita-las e saber responder a questionamentos no momento que forem provocados sobre o assunto em sala”, argumentou Elena.

Educadora, a vereadora Cristina Costa também lamentou a posição dos colegas na questão. “A escola tem o dever de educar todas as crianças, independentemente de sua sexualidade, mas respeitamos na votação o pensamento de cada um”, complementou.

Para o secretária de Educação de Petrolina, coronel Heitor Leite, o mais importante é que a cidade ganha um direcionamento para avançar cada vez mais sua política educacional. “O mais importante é que avançamos com o nosso Plano. Os vereadores estão de parabéns por debaterem a matéria e aprovarem o que dará à Petrolina, condições de ampliar o acesso à educação e promover cada vez mais a qualidade do ensino. Isso é o mais interessa”, avaliou o secretário.

Blog do Banana

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