Procura aumentou após anúncio de que a cantora será a intérprete do hino nacional; convites estão esgotados
A concorrência para comparecer à solenidade de posse do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) fez com que se gerasse um “overbooking” no cerimonial da Corte nos últimos dias, que já tem convites esgotados para quem quiser acompanhar a cerimônia dentro e fora do plenário.
O GLOBO apurou que nos últimos dias a procura de pessoas por convites junto ao Supremo aumentou desde o anúncio de que foi divulgado que Maria Bethânia será a intérprete do hino nacional durante a solenidade. A cantora será recebida no Supremo por uma equipe de funcionários especialmente destacada para cuidar dela, e não cobrou cachê para cantar na solenidade.
A mesma disputa está se dando por convites para a festa que será oferecida após a solenidade pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Vendidos a R$ 500, os ingressos estão esgotados há mais de uma semana e a lotação da festa, estipulada para mil pessoas, já bateu os 1.200 convidados.
A festa da AMB será realizada em um luxuoso salão de festas de Brasília, com capacidade para até 1.500 pessoas e buffet com culinária internacional.
A solenidade de posse de Barroso ocorrerá no plenário do Supremo e terá a presença das principais autoridades da República, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O ministro assume a presidência após um ano de mandato da ministra Rosa Weber, que se aposenta no próximo dia 2 de outubro. O ministro de 65 anos ficará na presidência do Supremo até setembro de 2025.
Natural de Vassouras, Barroso completou dez anos de Corte em junho deste ano, após assumir a vaga do ministro Ayres Britto. Advogado militante no Supremo, com atuação em casos emblemáticos, como a união de casais homoafetivos, ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Entre 2020 e 2022, presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde enfrentou o início das investidas contra as urnas eletrônicas e, por isso, passou a ser alo da militância bolsonarista. O ministro também foi responsável por uma articulação política, ao lado dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, contra o voto impresso.