A Agência Reguladora do Município de Petrolina (Armup), inicia a partir deste mês de março a divulgação do relatório de monitoramento da qualidade de água na rede de distribuição do município. Este relatório consta das informações enviadas pela Compesa à Armup durante o mês de Dezembro/2012.
Petrolina, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, possui 197.367 habitantes abastecidos de água.
Para amostras bacteriológicas a COMPESA realizou 120 (cento e vinte) análises. Portanto está em desacordo com a portaria do Ministério da Saúde 2.914/2011. O correto é 130 coletas.
A ARMUP com o objetivo de publicar mensalmente os resultados das análises de água tratada solicitou análises detalhadas com endereço das coletas das amostras, estação de tratamento que atende a esses locais, visto que o município dispõe de 02 (duas) Estações de Tratamento de Água – ETA I e II e os respectivos resultados físico-químico e microbiológico.
De acordo com a bióloga Denise Lima, com os dados relativos à ETA I para o referido mês, 30% das análises estão fora dos padrões físicos. Os pontos indicados pela empresa concessionária que recebem a água dessa Estação compreendem os bairros Jose e Maria, Centro, Cohab III, Jardim Maravilha, Km2, Dom Avelar, as Avenida Sete de Setembro e Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, entre outros.
Já na Estação de Tratamento II, a situação é ainda mais preocupante. Das análises apresentadas 43% estão fora dos padrões para cor e turbidez. Houve um caso de alteração do PH com resultado de 12,5 no bairro Rio Corrente. A faixa recomendada é entre 6 a 9,5.
O diretor presidente da Armup, Geraldo Junior, diz que o compromisso é revelar para a população a qualidade consumida. “Teremos este monitoramento divulgado todo mês”, garante Geraldo.
Chama a atenção no relatório a dissonância com os padrões de cor e a turbidez, detalhes para a presença de matéria em suspensão na água, que variam em tamanho desde suspensões grosseiras até o estado coloidal. Sendo matérias de natureza variada como argila, silte, substâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas provenientes de descargas de esgoto doméstico e industrial e de galerias de água pluvial, bactérias, algas e outros micro-organismos e até pequenas bolhas de ar.
A água sem tratamento pode ser associada à transmissão de doenças como: Amebíase, Gastroenterite, Febre tifoide e paratifoide, Hepatite infecciosa, Cólera, Teníase, Esquitossomose e Oxiúriase.
ASCOM/ARMUP
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