Artigo: Os bancos foram os grandes vencedores da pandemia no selvagem capitalismo financeiro

Por Ricardo Banana
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Passados 12 meses do início da pandemia do COVID-19 já é possível ver quais foram os maiores ganhadores e perdedores nesse novo estágio do sistema econômico vigente, o capitalismo. O sistema econômico é permeado de momentos de prosperidade e crise. Ambos são fenômenos da essência do funcionamento do sistema e a crise econômica é necessária para que o sistema possa se redefinir em suas bases, seus fundamentos organizacionais, tecnológicos e lucratividade.

O que normalmente muda em cada momento é a forma do gatilho que dá início a todo esse processo de remodelagem econômica. A cada momento de crise e prosperidade, a depender da forma, nós teremos aqueles agentes que mais ganham e os que mais perdem porque em nenhum dos casos existe um cenário que todos ganham. Isso não é da natureza do sistema econômico atual.

Sempre alguns setores ganham e outros setores perdem. É dentro dessa lógica que é possível afirmar que em o sistema econômico pós-pandemia existe um campeão, o setor mais beneficiado, o que primeiro foi socorrido e protegido quando eclodiu a crise sanitária em fevereiro de 2020 em todo o mundo que foi o setor bancário- financeiro devido a capacidade de controle das variáveis chave do sistema econômico atual que é o manuseio da moeda e do crédito.

Os dias estão mostrando que os governos não foram capazes de fazer retroceder o “moinho satânico” do mercado financeiro em tragar empresas e empregos numa espiral nunca antes vista em toda a história e numa velocidade sem precedentes, devido as características da sociedade atual e dos efeitos multiplicadores que geram as decisões econômicas em cada espaço geográfico de cada nação, proporcionada por uma economia financeira amplamente ligada aos fluxos globais da moeda e dos mercados financeiros e seus produtos derivativos.

Por GERALDO F. S. JUNIOR – Bacharel e mestre em Ciências Econômicas/UFPB

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