Homens tratados de câncer de próstata que tomaram aspirina regularmente para outras condições médicas apresentaram menor probabilidade de morrer de câncer do que pacientes que não estavam tomando aspirina, de acordo com um novo estudo publicado no The Journal of Clinical Oncology. O novo estudo não é um ensaio clínico controlado aleatório, do tipo considerado padrão de excelência na medicina, mas contribui para um conjunto intrigante e crescente de evidências que sugerem que a aspirina pode ter um papel benéfico no tratamento e, possivelmente, na prevenção de uma variedade de cânceres. Grande parte das pesquisas anteriores sobre a aspirina focou no câncer de cólon.
‘Essa é outra evidência que sugere que a aspirina parece ter esse efeito contra o câncer em diferentes locais do corpo’, disse o Dr. Andrew T. Chan, professor associado de medicina na Faculdade de Medicina de Harvard, que estuda o papel da aspirina na prevenção de câncer colorretal, mas que não esteve envolvido na nova pesquisa. No novo estudo, os pesquisadores utilizaram o banco de dados nacional de um projeto conhecido como Esforço de Pesquisa Urológica Estratégica do Câncer de Próstata (CaPSURE, sigla em inglês), buscando cerca de 6.000 homens que tinham câncer de próstata localizado e foram tratados com cirurgia ou radioterapia. Pouco mais de um terço dos homens, ou 2.175 entre 5955, estavam tomando anticoagulantes, principalmente aspirina.
‘Essa é outra evidência que sugere que a aspirina parece ter esse efeito contra o câncer em diferentes locais do corpo’, disse o Dr. Andrew T. Chan, professor associado de medicina na Faculdade de Medicina de Harvard, que estuda o papel da aspirina na prevenção de câncer colorretal, mas que não esteve envolvido na nova pesquisa. Pesquisadores calcularam que aqueles que tomaram aspirina possuíam uma probabilidade menor que metade de morrer de câncer de próstata em um período de 10 anos em relação aos que não tomaram aspirina, e descobriram que a taxa de mortalidade por câncer de próstata para os que tomaram aspirina foi de 3 por cento, em comparação a 8 por cento para os que não tomaram aspirina. Os usuários da aspirina também foram significativamente menos propensos a experimentar uma recorrência do câncer de próstata ou que a doença se espalhasse para os ossos, segundo o estudo.
O câncer de próstata é o câncer mais comum entre os homens e o segundo câncer que mais mata homens. Embora muitos americanos usem a aspirina infantil para reduzir o risco de doença cardíaca, tomar aspirina regularmente é arriscado. Os pacientes geralmente são aconselhados a fazer isso apenas quando se presume que seu risco cardíaco compense os riscos que podem ser causados pela aspirina, que incluem um aumento de sangramento gastrointestinal e acidente vascular cerebral hemorrágico.
Enquanto os médicos relutam em prescrever aspirina para pacientes saudáveis, adicioná-la a um tratamento de câncer pode envolver um conjunto diferente de avaliações. Uma vez que os pacientes já estão doentes, os benefícios potenciais têm mais probabilidades de compensar possíveis danos. Dr. Otis Brawley, diretor médico da Sociedade Americana de Câncer, disse que acredita que as propriedades anti-inflamatórias da aspirina podem desempenhar um papel na prevenção de doenças cardíacas e câncer. ‘A inflamação pode não causar um câncer, mas pode promover o câncer – pode ser o adubo que o faz crescer’, disse Brawley./Com informações The New York Times News Service
Publicado por: Daniel Campos – Hoje! – 11:45:00
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