Audiência pública em Petrolina propõe saídas para evitar que cultura do coco se acabe no Brasil

Por Ricardo Banana
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A busca de proteção para quem produz coco na região do Vale do São Francisco e até em outros estados, reuniu nesta sexta-feira, 6, na Câmara de Vereadores de Petrolina, no sertão pernambucano, produtores da fruta de várias localidades da região para discutir uma política que possa barrar a concorrência que eles consideram desleal desde a chegada de um produto importado. A medida para a aquisição desse produto, seria para ajudar na produção e indústria de beneficiamento do coco, mas o efeito foi contrário e trouxe, conforme os produtores, sérios prejuízos ao segmento.

O vereador Ronaldo Silva (PSDB) foi quem propôs a discussão, informou que todos os encaminhamentos chegarão ao conhecimento das autoridades, especialmente em Brasília. “Tiramos um documento assinado por todos os participantes que será levado à Brasília para que providências sejam tomadas. Entregaremos no Ministério da Agricultura”, assinalou o vereador.

Para o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), João Batista, que representou a secretaria estadual de Agricultura e Reforma Agrária, é preciso criar barreiras para que os produtos importados, não continuem dizimando os plantios de coco de Pernambuco e do País.

“O coco é uma cultura tanto da zona rural como da zona urbana. Penso que os problemas que os produtores vêm enfrentando, tem que chegar nas autoridades para barrar ou taxar essa concorrência desleal. As medidas devem partir do Ministério da Agricultura. O coco é uma cultura que emprega gente do pequeno agricultor aos grandes produtores. Então a partir daqui, iremos levantar esse documento aqui para barrar a importação desse coco que vem de fora que também não enxergamos segurança para a saúde pública da população”, considerou o gerente regional.

A audiência pública contou com a presença de produtores, representantes da Prefeitura, de parlamentares que têm Petrolina como base política, da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Agrário, Codevasf em Petrolina e o presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco, Francisco Porto que descreveu o quadro atual da cultura no Brasil.

“Uma medida que veio para o Brasil para alavancar a produção, fez foi praticamente destruir nossas plantações de coco. “Já estamos acionando o Ministério Público Federal e nos estados. Isso é desvio de conduta e o que a indústria da importações fez reduzir de 10 para 5 milhões a quantidade de plantios em nosso País”, revelou Francisco Porto.

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