Classificada como uma gestão midiática e com o “humano deixando a desejar”, os três anos governo Miguel Coelho foi analisado pelos integrantes d o PT na Câmara Municipal de Petrolina, Gilmar Santos e Cristina Costa em entrevista ao Nossa Voz desta quinta-feira (05). Reforçando o papel de legisladores e representantes do povo, os vereadores engrossam o coro de cobranças de ações voltadas para a periferia da cidade. Além de citarem problemas relacionados aos setores de saúde e educação, os parlamentares relembraram as demissões recentes de professores contratados reivindicando mais respeito com esses profissionais.
“É uma gestão marcada mais por um aspecto midiático, publicitário, propagandista, do que propriamente do debate sobre as políticas públicas necessárias para a nossa população. Edução e saúde são pontos centrais para do desenvolvimento da nossa sociedade. E nós sabemos, por exemplo, que até hoje os livros didáticos não chegaram as escolas públicas. Os professores passando por constrangimentos a todo momento, por humilhações, chega a ensaiar situações de possível assédio moral sobre esses servidores”, afirmou Gilmar Santos.
O parlamentar ainda denuncia que “é uma maquiagem em relação as escolas de tempo integral”, há discrepância entre os salários de professores contratados e efetivos e as creches prometidas “ficaram no campo das promessas. “ Os professores contratados que trabalham mais que os professores efetivos e ganham a metade do que recebem os efetivos, 10 creches foram prometidas, mas ficaram no campo da promessa. Assim como temos uma série de reclamações sobre segurança, sobre questões estruturais das escolas. As pessoas com deficiência continuam negligenciadas, não tem quadro de professores para dar atenção a essas crianças e esses jovens”.
Santos ainda relembrou as frequentes reclamações na área da saúde relacionadas aos atendimentos feitos nos residenciais do Minha Casa Minha Vida, Núcleos Irrigados e área de Sequeiro. “Pergunta a população de Petrolina se a saúde vai bem, se as condições das nossas escolas estão a contento”, aconselhou.
As críticas foram referendadas por Cristina Costa que apontou a origem dos recursos usados nas obras de requalificação da Orla de Petrolina . “Nós temos um governo fascista onde os recursos a nível federal estão sendo cortados e são de pastas essenciais. O que eu vejo em Petrolina? Vejo o exemplo do que aconteceu com a Providência Social. Mais de R$ 1 bilhão foi cortado do dinheiro da educação para dar para os deputados aprovarem a reforma da Previdência e aqui nós tivemos representação de deputados que fizeram isso”.
Para Costa, a gestão substitui ações essenciais por pavimentação asfáltica. A vereadora cobra que o prefeito seja mais humano. “Hoje você vê Petrolina no Centro no asfaltamento e o que eu tenho observado hoje nesse governo municipal, no governo de Miguel Coelho? A gente tem trocado a educação pelo asfalto, a saúde pelo asfalto, moradia pelo asfalto, o social pelo asfalto. O trato humano com as pessoas é preciso melhorar. Nós vimos o caso dessas professoras, a forma de demissão, o poder, a forma de mostrar que manda aqui no Município. Eu tô observando, (…), você está vendo a cidade bonita, a infraestrutura bonita em determinado local, mas o humano está deixando a desejar. É preciso que o prefeito trabalhe mais o social, seja mais humano. (Nossa voz)
