Bancários de Pernambuco decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da 0h do próximo dia 19. A mobilização é nacional e reivindica reajuste salarial de 11,93%, piso de R$ 2.860,21, melhores condições de trabalho, que inclui mais segurança nas agências, fim das metas abusivas e mais contratações de funcionários, além da implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A decisão da categoria, em assembleia na noite desta quarta, na sede do sindicato, bairro da Boa Vista, área central do Recife, rejeita a proposta dos patrões, de aumento de 6,1% sobre salários, pisos e benefícios.
Durante a votação, que reuniu 300 funcionários, houve seis votos contra a deflagração da greve que atingirá aproximadamente 500 agências no Estado. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, as negociações com os patrões iniciaram no dia 30 julho, quando foi entregue a pauta de reivindicações. “Houve quatro rodadas de negociação, até o dia 5 de setembro, quando apresentaram a proposta que não contempla nossas reivindicações. Desde então, estamos nos mobilizando e avisando a população que pretendemos parar”, explicou. No próximo dia 18, serão organizados os esquemas de paralisação.
A proposta apresentada na quinta-feira da semana passada pela Federação Nacional do Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional prevê reajuste salarial de 6,1%, a ser aplicado nos pisos dos bancos privados e públicos, na Participação nos Lucros e Resultados e demais verbas salariais. O piso salarial da categoria é de R$ 1.530.
A categoria reivindica ainda auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, no valor de R$ 678 ao mês para cada um, além de auxílio-educação para aprimorar a formação superior dos bancários, contratação de mais funcionários, combate à terceirização e cotas de pelo menos 20% de negros nas contratações. No âmbito da segurança, pedem o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. Na proposta apresentada pela Fenaban, não foi discutida a questão de medidas preventivas nas agências. No Estado, há aproximadamente 12 mil bancários. (JC Online)
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