Bancários devem entrar em greve

Por Ricardo Banana
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Sem títuloA partir de ontem (18) os bancários deram início a paralisação nacional, com prazo indeterminado. A greve já havia sido aprovada no dia 12 de setembro e, como não foram apresentadas novas propostas dos bancos às reivindicações dos trabalhadores, a paralisação foi confirmada pelos bancários para hoje.

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que tem 2.835 agências bancárias em sua base, a adesão não será de 100% no primeiro dia. Como ocorreu em anos anteriores, ela deve crescer gradualmente. Ainda ontem, por volta das 19 horas, houve uma assembleia com os trabalhadores do setor com o objetivo de traçar as metas para a paralisação na Capital.

Os bancários reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 11,93% – sendo 5% de aumento real–, maior participação sobre lucros e resultados, “fim das metas abusivas” e exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários. Os bancários ainda pedem um piso salarial de R$ 2.860,21 como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família, argumenta o setor.

Por sua vez, a proposta colocada na mesa pelos bancos é 6,1% de reajuste salarial, mantendo a mesma fórmula de participação nos lucros.

Contribuintes – A paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, o contribuinte deve procurar saber se outra agência está operando.

Na impossibilidade de utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros. Lembrando que a greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras.

De acordo com o Procon-SP, diante de um cenário de greve, as empresas são obrigadas a oferecer outro local de pagamento. Se o fornecedor se recusar a disponibilizar uma alternativa, o cliente deve documentar sua tentativa e registrar uma reclamação junto ao Procon.

O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. “No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo”, diz o Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor).

Contas – As contas de serviços públicos como os de água, luz e telefone não precisam necessariamente ser pagas nas agências bancárias. É possível quitar estes débitos em casas lotéricas e em alguns supermercados.

Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.

No caso dos títulos de cobrança, como os de condomínio, escola, academia, financiamentos, a orientação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é pedir ao cedente do título um novo boleto já com os valores atualizados ou fazer o pagamento pelo Débito Direto Autorizado (DDA).

O DDA é um serviço de apresentação eletrônica de boletos bancários que permite ao cliente realizar o pagamento de boletos por meio da internet.

Metalúrgicos param por 24 horas

Aproximadamente oito mil metalúrgicos interromperam os trabalhos em fábricas do ABC ontem, de acordo com o sindicato da categoria na região. Foram afetadas 21 empresas nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema e Ribeirão Pires.

Em nota, a organização explicou que as ações de greve serão interrompidas hoje por conta de uma reunião para negociação entre o Sindipeças e a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEM-CUT). Caso não ocorra um acordo favorável, as paralisações devem voltar amanhã.

“Estamos fazendo paralisações de 24 horas por empresa. A greve é por tempo indeterminado, mas a cada dia vamos paralisar diferentes empresas. Conseguimos mobilizar um grande número de trabalhadores, deu pra sentir que eles estão organizados e atentos para buscar um bom acordo”, disse o presidente da entidade, Rafael Marques.

Em São José dos Campos, 1,8 mil metalúrgicos de quatro empresas pararam as atividades. Os atos incluíram suspensão na produção por uma hora. A mobilização ocorre um dia após as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT e Intersindical terem decidido unificar as campanhas salariais dos metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo.

A decisão foi tomada para fortalecer a campanha da categoria ligada a essas centrais, que soma cerca de 360 mil metalúrgicos no Estado. A pauta de reivindicações incluiu aumento salarial de 13,5%, redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e a retirada da Câmara dos Deputados do projeto de lei que regulamenta a terceirização.

Fonte: Diário do Comércio

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