Bancos melhoram proposta de reajuste salarial mas greve continua

Por Ricardo Banana
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imagemOs bancos formalizaram nova proposta aos bancários nesta quarta-feira, 30º dia de greve da categoria. A Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) elevou de 7% para 8% a oferta de reajuste salarial, manteve o abono em R$ 3,5 mil, e propôs aumento de 15% no vale-alimentação, 10% no vale-refeição e  10% no auxílio creche-babá.

Os bancários pediram um intervalo na rodada de negociação para avaliar a proposta. Entre as conclusões possíveis está a rejeição ainda na mesa de negociação, como já ocorreu duas vezes desde o início da mobilização; aceitação da proposta na mesa; ou submeter a nova oferta aos trabalhadores em assembleias, que poderiam ser convocadas amanhã.

A Fenaban também elevou de 0,5% para 1% o aumento real proposto para 2017. A reunião começou por volta das 17h30 e é o décimo encontro entre bancos e trabalhadores desde o início da campanha salarial.A última rodada ocorreu durante os dias 27 e 28 de setembro, com a proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3,5 mil, além de aumento real de 0,5% para 2017. A proposta foi rejeitada à mesa de negociação pela categoria.

A greve teve início no dia 5 de setembro, quando os sindicatos dos bancários de todo o país chegaram a um impasse nas negociações de reajuste salarial com a Fenaban.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados correspondente a três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação e refeição; auxílio-educação; 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880) e 14º salário. A primeira proposta dos bancos previa reajuste salarial de 6,5% e abono de R$ 3,3 mil.

Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.   O movimento não impede os bancos oferecerem atendimento eletrônico para quase todos os tipo de transações, mas algumas acabam sendo prejudicadas, especialmente nas instituições públicas. Quem não possui conta na Caixa, por exemplo, tem mais dificuldade para receber benefícios como FGTS e seguro desemprego.

Pessoas que já têm conta na Caixa terão o valor do seguro-desemprego depositado. Aqueles que não, mas têm o cartão do cidadão podem sacar o benefício nas casas lotéricas. Já o FGTS só pode ser recebido nas loterias por portadores do cartão do cidadão se o valor for de até R$ 1.500. Acima disso, a pessoa precisaria se dirigir a uma agência da Caixa.(Agencia O Globo)

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