Defensor da ditadura militar, Jair Bolsonaro recomendou a estudantes que indicassem o livro “A Verdade Sufocada – A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, para uma professora “de esquerda”. Ustra, que comandou o Destacamento de Operações de Informações (DOI-CODI), foi condenado em segunda instância pela prática de tortura durante a ditadura w faleceu em 2005. Bolsonaro já disse anteriormente que tem a obra de Ustra como seu livro de cabeceira.
A sugestão foi feita nesta segunda-feira (30) a um grupo de estudantes que visitava o Palácio do Alvorada. Um dos alunos então se dirigiu a Bolsonaro e pediu que ele mandasse um abraço para a professora. Este momento, ele perguntou se a docente era de “esquerda”.
Diante da confirmação de que a professora era “petista”, Bolsonaro disparou: “fala pra ela ler o livro “A verdade sufocada” aí. Só ler. Depois ela tira as conclusões. Lá são fatos, não é blá blá blá de esquerdista não”. Em agosto deste ano, Bolsonaro chamou Ustra – apontado pela Comissão da Verdade como responsável por 47 sequestros e homicídios – durante o regime, de “herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”. (247)