Ao contrário do que alardeia o PSB, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho pode não ter simplesmente entregue o cargo, e sim pressionado a deixar a pasta da Integração Nacional, em virtude de um grave processo que corre em segredo de justiça.
O motivo, segundo os autos, foi o desvio de verba pública destinada à construção de casas populares no período de 2003 a 2004, quando o ex-prefeito diz ter aplicado os recursos em “obras emergenciais”. O ministro do Supremo Marco Aurélio é o relator do processo.
Um convênio celebrado entre a prefeitura de Petrolina e a Codevasf, à época, hoje é alvo de uma verdadeira força-tarefa com diligências que envolvem o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Superior Tribunal Federal.
Acuado e sem respostas esclarecedoras para o escândalo, FBC não suportou a pressão em Brasília e entregou o cargo, alegando o desejo de “construir” o debate por um futuro melhor para o Brasil junto com o seu partido, o PSB de Eduardo Campos.
Só que o passado de Fernando Bezerra é tão podre e comprometedor, que este pode ser mais um motivo para ser escanteado da disputa pelo Governo de Pernambuco.