Brasil estreia em seu 10º Mundial de atletismo paralímpico com maior delegação da história

Por Ricardo Banana
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A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico estreia no Mundial da modalidade, em Paris, na França, em busca de mais uma participação histórica na competição. Será a 10ª presença do país no evento e com sua maior delegação – são 54 atletas e 11 atletas-guia. O Mundial acontece de 8 a 17 de julho e terá transmissão do SporTV 2 e do canal do YouTube do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).
O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro após os Jogos de Tóquio 2020 e deve ser o maior evento paralímpico a ocorrer na capital francesa antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A competição será realizada no Estádio Charlety, que também será a sede da cerimônia de abertura neste sábado, 8, às 12h (de Brasília).
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“É a nossa maior delegação da história e a mais forte também. Pouco mais de 90% dos atletas da nossa Seleção estão ranqueados mundialmente entre os três melhores em suas respectivas classes. Os resultados estão evoluindo a cada Mundial, as medalhas estão cada vez mais divididas entre os países, mas vamos em busca de mais uma participação histórica”, afirmou João Paulo Cunha, coordenador de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Antes, a maior equipe brasileira de atletismo em Mundiais havia sido em Dubai (EAU) 2019, quando o país convocou 43 atletas. Naquela ocasião, os brasileiros fizeram a melhor campanha da história do país na competição, na segunda colocação do quadro geral, com 39 medalhas no total: 14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze.
O desempenho superou o resultado da edição de Lyon 2013, que até então era a melhor performance nacional, com 16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes, na terceira posição geral.
“Esse crescimento do esporte paralímpico brasileiro é muito importante para nós, atletas. Com os investimentos que temos recebido, os resultados aparecem e a quantidade de atletas cresce proporcionalmente. São 22 atletas estreantes neste Mundial, o que mostra que os novos atletas estão surgindo para continuar escrevendo a história do nosso esporte”, completou o paraibano Petrúcio Ferreira, que vai buscar o tricampeonato mundial nos 100m também pela classe T47 após os ouros em Londres 2017 e Dubai 2019.
Estreia do Brasil
A estreia do Brasil será somente na madrugada do domingo, 9, às 4h04 (de Brasília), com a sul-mato-grosensse Silvânia Costa e a paranaense Lorena Spoladore nas provas finais do salto em distância pela classe T11 (para atletas com deficiência visual). Ainda pela manhã, às 5h22, estreiam também o sul-mato-grossensse Fabrício Ferreira e o paraibano Joeferson Marinho na fase eliminatória dos 100m das classes T13 e T12, respectivamente.
Já à tarde, a partir das 13h30 (de Brasília) competem a amapaense Wanna Brito no lançamento de club F32, o carioca Wallace dos Santos no arremesso de peso F55, o fluminense Emanoel Victor e o carioca João Victor no arremesso de peso F37, o paulista Christian Gabriel e o fluminense Ricardo Mendonça nos 100m T37, e o paulista Vinicius Quintino nos 100m T72 (petra).
A maranhense Rayane Soares, nos 100m T13, e a potiguar Thalita Simplício e a paraense Jhulia Karol, nos 400m T11, completam a lista dos brasileiros que estreiam no domingo.
Ao todo, o Brasil será representado por 54 atletas de 19 Estados na competição em Paris. A maioria dos participantes é nascida no Estado de São Paulo. São 14 dos 54 competidores com deficiência.
De acordo com o levantamento do departamento de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do CPB, o Brasil já conquistou 215 medalhas na história dos Mundiais de atletismo – sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 74 ouros, 65 pratas e 76 bronzes.

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