Cabrobó, segunda cidade pacificadora de PE, dá exemplo em matéria de segurança pública ao promover a cultura da paz nas escolas do município

Por Ricardo Banana
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Cabrobó/PE, no sertão do São Francisco, foi a segunda cidade do ranking estadual de cidades pacificadoras escolhida pelo programa Cidade Pacificadora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O novo ranking foi divulgado nesta quarta, 20.

Aproveitando o avanço no combate à violência, com as ações implementadas pelo prefeito Marcílio Cavalcanti, MDB, como o programa de iluminação pública moderno todas as luminárias em LED. A iniciativa do prefeito é destaque estadual, contribuindo para avançar para o segundo lugar como Cidade Pacífica de PE.

Também o envolvimento de toda a administração municipal em ações para consolidar Cabrobó como a segunda cidade pacificadora do estado, a Prefeitura, por meio da secretaria municipal de Educação, vem levando a mensagem da paz aos estudantes da rede municipal de ensino, fazendo seu papel institucional em alertar crianças e jovens e imprimir cada vez mais a cultura da paz na cidade.

Equipe organizadora do encontro nas escolas sobre segurança pública

A proposta teve a primeira palestra nesta quarta-feira, 20. Numa articulação da titular da pasta de Educação, Lorenna Sampaio, o encontro contou com a presença de autoridades da segurança pública no município que debateram a questão da violência nas escolas, dando dicas de como evitar atos que levem à violência. A reunião que contou com a presença da secretária Lorenna Sampaio, de gestores das escolas municipais, estaduais e particulares, além do comandante da 2° CIPM, Major José Ivanildo e do delegado de Polícia Elioenai Filho.

Os representantes da polícia, deram sugestões de segurança e um modelo integrado de atuação envolvendo os setores da educação e polícia, dicas de segurança para gestores escolares e pactuadas ações a serem desenvolvidas com a finalidade de melhorar a proteção nas escolas.

RANKING

No último ranking, Cabrobó oscilava entre o terceiro e o quarto lugar, tendo adotado diversas medidas para coibir a violência. Com isso, a cidade alcançou a segunda posição na nova lista divulgada pelo Ministério Público de Pernambuco.  O principal objetivo do ranking é informar o quanto cada município avançou após a adoção de medidas concretas, por parte dos gestores públicos, para reduzir os índices de criminalidade e aumentar a sensação de seguranças nos moradores.

“O MPPE cumpre seu compromisso de respaldar os gestores públicos sobre a eficiência de suas atitudes com o Cidade Pacífica. Eles monitoram seu desempenho e se estimulam a melhorar para conseguir atingir uma boa posição no ranking”, afirma o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Criminal (Caop Criminal), promotor de Justiça Luís Sávio Loureiro.

Polícia esteve presente na palestra

Ainda segundo Sávio Loureiro, dezenas de municípios pernambucanos estão em trâmite com o processo de adesão ao projeto. A primeira do novo ranking é Ibirajuba, no Sertão do São Francisco, é a cidade com o mais alto índice de pacificação, seguida por Cabrobó e Lagoa Grande, na terceira colocação.

Na quarta e na quinta posição estão as cidades de Orocó e Petrolina. A primeira saiu da terceira posição, na primeira divulgação do ranking para a posição em que está hoje.  Em sexto colocado está a cidade de Caruaru; em sétimo, Cachoeirinha; na oitava posição, Santa Maria da Boa Vista; em nona posição, Floresta; na décima, Altinho. Em 11ª está Bezerro; em 12º está o município de Escada; em 13º está Igarassu; em 14º a cidade de Gravatá, no Agreste; em 15º está Cupira.

O ranking tem como base os dados de criminalidade divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), quando é possível comparar o desempenho dos municípios logo após eles assinarem Termo de Cooperação Técnica para adesão ao Cidade Pacífica. Assim, se pode avaliar o quanto houve de mudança de um período a outro e o quanto cada município se esforçou para mudar seu cenário de insegurança.

“É um projeto que está se espalhando por Pernambuco. Nós do MPPE defendemos que a sociedade pode contribuir para a sua própria pacificação. Não há como resolver o problema da violência sem contar com a participação popular. O Cidade Pacífica busca soluções de acordo também com as particularidades locais apontadas pelos moradores”, comentou o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

O município pode aderir ao Cidade Pacífica por meio de convênio firmado com o MPPE, por intermédio da promotoria local, devendo implementar no mínimo sete desses eixos, de acordo com a sua realidade.

“São medidas simples que aumentam a sensação se segurança da população, como, por exemplo, melhorar a iluminação das ruas. As pessoas se sentem mais confortáveis em sair de casa, trazendo mais trânsito para os espaços públicos, e os criminosos se sentem mais inibidos em cometer alguma violência”, comentou Luís Sávio Loureiro.

Com o ingresso no projeto, as Prefeituras podem apresentar medidas distribuídas em nove eixos temáticos propostos pelo MPPE. Os eixos são: Guarda municipal pacificadora; Segurança nos estabelecimentos comerciais/bancários; Esporte pacificador/Cultura/Lazer; Mesa municipal de segurança; Proteção integrada pacificando escolas; Empresas solidárias; Transporte pacificador; Iluminação pacificadora; e Pacificando Bares e similares (operação Bar Seguro).

MÉTODO

O Índice de Pacificação é representado numa escala de 0 a 5, onde 0 indica um município menos pacificado. Quanto mais próximo de 5, maior o nível de pacificação do município. O indicador é calculado a partir de uma média ponderada entre o CVLI (Crimes violentos letais e intencionais) e o CVP (Crimes violentos contra o patrimônio).

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