Com o intuito de orientar professores do ensino médio a lidar com questões relativas às drogas e seu uso no universo escolar juvenil, as docentes Luzania Barreto Rodrigues, do Colegiado de Ciências Sociais (Ciso) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e Rogéria da Silva Martins, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), elaboraram o caderno didático “Drogas: que papo é esse, professora?”. A obra foi lançada em outubro pela RFB Editora e está disponível para download gratuitamente.
A publicação aborda o assunto a partir de uma perspectiva antropológica, sociológica e pedagógica para orientar e oferecer à comunidade escolar um apoio, dentro dos limites pedagógicos, diante do consumo de drogas por adolescentes. No decorrer das 29 páginas da publicação, são respondidos diversos questionamentos como “Qual a origem da proibição das drogas?”, “Por que drogas são classificadas como lícitas e ilícitas?”, “O que é legalização das drogas?” e “Como a questão das drogas é abordada na escola?”.
As autoras buscaram sintetizar conhecimentos produzidos por antropólogos, sociólogos, historiadores, cientistas e outros profissionais, que estudam ou trabalham com a causa, para facilitar o acesso do tema a professores. O caderno está disponível no formato digital e pode ser acessado gratuitamente pelo site da editora.
A professora Luzania Barreto trabalha com extensão universitária ligada à temática do uso de drogas desde 1995. Segundo a docente, a ideia para escrever o caderno didático surgiu para que professores tenham acesso a análises socioantropológicas sobre a questão. “Minha experiência de quase três décadas me permite observar lacunas no tratamento de questões relativas às drogas no ambiente escolar. Na escola, o consumo de drogas é tratado por uma perspectiva biológica e amedrontadora”, relata. A autora acredita que a leitura deste material, pelos professores e profissionais de saúde, sirva de introdução para o tema, como pontapé para a busca de conhecimento e soluções sobre o problema.
Com informações da Ascom Univasf