Como sempre vem ocorrendo nas últimas semanas, as sessões finais do ano na Câmara de Vereadores de Petrolina, no sertão, tem sido bastante movimentadas. Com matérias importantes e polêmicas em sua maioria, tornam as reuniões com temperatura eleva. Nesta terça-feira, 8, a reunião plenária teve de vereador respondendo à colega de poder ao debate e aprovação, por fim, da Lei Orçamentária do município e do PPA – Plano Plurianual.
A LOA e o PPA votados em bloco, foram aprovados por 14 x 0, mas a Lei Orçamentária contou com números no mínimo curiosos. Na relação da distribuição da peça orçamentária de mais de R$ 2 bilhões, foram questionados pela oposição como destinar R$ 6 milhões para a secretaria de Turismo que até hoje não apresentou um trabalho consistente na área na atual gestão, e para a mobilidade, um dos gargalos de qualquer cidade desenvolvida como Petrolina, o orçamento é de pouco mais de R$ 300 mil.
A secretaria de Governo terá um orçamento de quase R$ 9 milhões, mas a pasta não executa ação alguma na estrutura do governo. Já a secretária de Irrigação tem um leque de ações para executar, mas sobrou para ele apenas R$ 312 mil. A Comunicação e a Ouvidores ficaram com um orçamento robusto, R$ 4 milhões e R$ 1 milhão, cada, mas investimento em Ciência e Tecnologia, promoção de inclusão digital em comunidades, escolas, ficou com minimos R$ 14 mil.
Com chiado da oposição, a peça foi aprovado com 122 emendas, algumas destinadas à benefícios para os servidores municipais que totalizam mais de R$ 1 milhão para a categoria. “Foram 122 emendas e todas incorporadas à lei orçamentária. Foi um momento importante de entendimento”, avaliou o vereador Alvorlande Cruz, PRTB, relator da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Argumento diferente do líder da oposição, vereador José Batista da Gama, PDT. “Isso é uma peça fictícia. O prefeito pode manusear da forma que melhor lhe convier. Botei emenda para pavimentar très ruas do bairro Atrás da Banca, mas não creio que serei atendido, apesar da necessidade da ação. Então é um texto fictício”, assinalou o líder.
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