Câmara aprova projeto que mantém incentivos fiscais para investimentos em Pernambuco

Por Ricardo Banana
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A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (11), o projeto de Lei que prorroga a redução de imposto de renda para projetos desenvolvidos nas superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).

Aprovada pelos parlamentares, a proposta amplia de 2018 para 2023 o prazo para que os empreendimentos dessas regiões tenham direito à redução de 75% do Imposto de Renda (IR) calculado com base no lucro da exploração.

Segundo o relatório geral da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Pernambuco é o estado nordestino que mais recebeu recursos pelas empresas, o que gerou mais de R$ 30,9 bilhões em investimentos. Em 2017, foram 63 autorizações para o uso de incentivos fiscais.

Para Mário Gordilho, superintendente da Sudene, a aprovação do PL é de extrema importância, pois evitará que as empresas migrem para outras regiões do Brasil.

“Apesar de todos os incentivos que o Nordeste teve nesses 40, 50 anos, ainda não conseguiu suplantar as diferenças regionais do nordeste para o sul e sudeste”, compara. E acrescenta que “a renda per capita do nordeste é metade da renda per capita das regiões Sul e Sudeste. Se não fosse esses incentivos à situação seria muito pior”, enfatizou.

Esse crescimento se deve à política de incentivos do Governo Federal para implantação de empreendimentos produtivos nas regiões que fazem parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Superintendência do Desenvolvimento do Amazonas (Sudam). O dinheiro poupado com o benefício retorna para a região em forma de investimento em instalações, aumento da capacidade operacional, troca de equipamentos e ampliação das empresas.

O projeto original (PLS 656/15) é do Senado Federal, de autoria do senador Eunício Oliveira (MDB-CE). O texto foi enviado para a Câmara em maio deste ano e distribuído para análise nas comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, Finanças e Tributação e Constituição e Justiça. Agora, a matéria segue para sanção presidencial.

 

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