O PSB pernambucano não perdeu tempo após a eleição deste domingo. A vitória de Paulo Câmara acionou a máquina do partido em torno das discussões para decidir se a legenda apoiará a reeleição da presidente Dilma Rousseff ou o tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Apesar do governador João Lyra Neto (PSB) já ter anunciado que irá defender o apoio ao candidato do PSDB, a legenda pernambucana realiza uma reunião, na tarde desta segunda-feira (6) para decidir em qual palanque irá subir. Câmara negou que haja um entendimento de alinhamento automático para apoiar o PSDB. Em Pernambuco, o PSDB apoiou a eleição de Câmara.
Segundo Lyra, que já havia expressado o seu posicionamento no final da noite do domingo, “O Brasil enfrenta um momento muito delicado em sua economia e, também, um esgarçamento no seu tecido político. É fundamental lutarmos para o país voltar a crescer e [é] indispensável uma reforma política. Creio que Aécio Neves conquistou a condição de liderar esse momento da política nacional”. “Aécio tem uma trajetória de compromisso com a redemocratização do país, processo que seu avô, Tancredo Neves, teve papel decisivo, contando com a participação de meu irmão Fernando Lyra”, completou o governador.
Já o governador eleito, Paulo Câmara, disse que a posição da ala pernambucana ainda será discutida pela direção estadual. Somente após este encontro é que a posição será levada ao diretório nacional. Segundo Câmara, apesar do ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em um acidente aéreo em meados de agosto, em Santos (SP), possuir um bom diálogo com Aécio não havia nenhum indicativo de que o PSB marcharia junto com o PSDB em um segundo turno.
“Não havia esse entendimento de Eduardo com Aécio Neves. Não havia nenhum acordo porque ele tinha convicção de que ia para o segundo turno”, disse Câmara em entrevista à Rádio Jornal. Segundo ele, “É preciso respeitar as instâncias partidárias” e que o PSB busca uma projeção nacional. “A gente quer colocar o PSB no cenário nacional”, afirmou.
O ex-ministro da integração nacional no governo Dilma e agora senador eleito pelo PSB, Fernando Bezerra Coelho, diz que a decisão da legenda socialista seguirá “em sintonia com a história do partido”. “Agora o PSB terá que tomar uma posição, apresentamos uma proposta de mudança para o Brasil, portanto é preciso refletir sobre as circunstâncias da nossa disputa eleitoral e sobre o apoio que nós recebemos do povo. Vamos encaminhar uma posição em sintonia, com a história do PSB”, disse.
Fonte: Brasil 247
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