Política

Câmara envia pedidos de suspensão de deputados para a Corregedoria

Mesa Diretora decidiu encaminhar as denúncias contra os parlamentares que ocuparam o plenário nesta semana

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar, nesta sexta-feira (8/8), as representações de afastamento contra ao menos 5 deputados por até seis meses A decisão sobre a suspensão será analisada pela Corregedoria Parlamentar nos próximos dias.

Entre os pedidos contra deputados constam os nomes de Marcel van Hattem (Novo-RS), Julia Zanatta (PL-SC), Zé Trovão (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS) e Camila Jara (PT-MS).A decisão foi tomada pela Mesa sob o comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os congressistas se recusarem a deixar a cadeira de Motta e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões na Casa na quarta-feira (6/8), diante da ocupação do plenário organizada pela oposição bolsonarista.No caso de Camila Jara, a decisão se deu por causa de um requerimento de representação apresentado do PL nesta sexta-feira (8/8). O partido alega que a deputada agrediu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Motim na Câmara

A representação contra os deputados repete os casos do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que foram suspensos por três meses das atividades parlamentares.

A ala bolsonarista da Câmara obstruía os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).Eles queriam que entrasse em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.

Dois dias depois, na quarta-feira (5/8), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.

Na quinta-feira (7/8), em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sobre “chantagem” e “imposição”.

Fonte: Metrópoles.

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