Com o objetivo de intensificar a busca ativa de casos suspeitos de hanseníase, combater e prevenir a doença, que tem situação hiperendêmica em Petrolina, com números acima da média, a Secretaria de Saúde lançou nesta segunda-feira (11) uma campanha com o tema ‘Hanseníase tem cura’. O evento contou com a participação de profissionais de saúde, estudantes e sociedade civil.
Durante o encontro, além de uma apresentação cultural com o cantor Targino Gondim, a representante da entidade sem fins lucrativos Morhan Pernambuco, Pollyane Medeiros, ministrou uma palestra e tirou dúvidas sobre a hanseníase. O Morhan foi criado em 1981 e tem suas atividades voltadas para a eliminação da hanseníase, através de atividades de conscientização e foco na construção de políticas públicas para a população.
Em 2015 foram diagnosticados na cidade 364 casos de hanseníase. Em 2016, foram 249. No período de janeiro a agosto de 2016 foram registrados 191 novos casos da doença. No mesmo período deste ano o número é de 161 casos de hanseníase. “Essa é uma realidade que precisamos mudar em Petrolina, nesse mês de setembro vamos intensificar as ações que já vem sendo realizadas desde o começo do ano em feiras de saúde, presídios, escolas e nas Unidades Básicas de Saúde”, explicou a secretária executiva de vigilância em saúde, Marlene Leandro.
Ainda de acordo com a secretária executiva, durante esse mês também será trabalhado o preconceito contra o portador da doença. “Antigamente a hanseníase era conhecida como Lepra e tem um passado de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje não é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada”, frisou.
Durante todo o mês de setembro serão realizadas ações de combate à doença. O próximo evento será domingo (17), no bairro Alto da Boa Vista, com uma feira de saúde, das 9h às 12h.
Hanseníase
A Hanseníase é uma doença infecciosa causada por um microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. Pode atingir crianças, adultos e idosos. Os primeiros sintomas podem levar de dois a cinco anos para aparecerem. São alterações na cor da pele e perda de sensibilidade. Mas a hanseníase pode trazer graves consequências como perda da visão e da audição, e dificuldades motoras.
Ascom
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